O chefe de Estado-Maior do Exército considerou este sábado que as Forças Armadas portuguesas estão “na linha da frente” do que é produzido a nível europeu e mundial no que diz respeito a equipamentos e sistemas de informação.
“Poderemos dizer que quer na área dos têxteis, quer dos compósitos, quer de outros equipamentos, equipamento e sistemas de informação, estamos na linha da frente do que é produzido a nível europeu e mundial”, afirmou José Nunes da Fonseca, em Guimarães, a discursar na abertura das comemorações do Dia Exército.
Naquela que foi a primeira intervenção pública depois de ter tomado posse, na sexta-feira, como chefe do Estado-Maior do Exército, substituindo Rovisco Duarte, que apresentou a sua demissão em consequência do roubo de armas em Tancos, o tenente-general elogiou ainda o contributo da “indústria da defesa” para a Economia.
“Isto é implícito no nosso conhecimento, que muito do desenvolvimento que tem havido em equipamentos, e até de uso comum, resultaram inicialmente de aplicações de âmbito militar. As indústrias de defesa sabem que contribuem para o desenvolvimento económico e social”, afirmou.
A cerimónia foi marcada pela entrega dos selos de qualidade ‘Army Tested’ e ‘Combat Proven’, que para o novo responsável do Exército português atestam a qualidade do serviço prestado. “O significado dos selos é que para além de fazermos, fazemos bem”, salientou.
Numa primeira intervenção pública, na qual não quis falar diretamente aos jornalistas, Nunes da Fonseca terminou o discurso dando conta da recetividade das Forças Armadas para trabalharem em parceria com a sociedade civil.
“[As Forças Armadas têm] total disponibilidade para continuar estas parcerias com a academia, com as empresas, com as entidades coordenadoras das indústrias. Contem com o exército”, assegurou. As comemorações do Dia do Exército decorrem até dia 28.