Uma mulher fez-se explodir em Tunes, na Tunísia, esta segunda-feira, avança a agência France-Presse (AFP). A explosão ocorreu na avenida Habib Bourguiba, que atravessa o centro da capital.
Segundo a AFP, foi ouvida uma “forte explosão” e, de acordo como o Ministério do Interior, o ataque suicida aconteceu “perto de veículos policiais”. O ministério confirmou ainda um balanço de 15 feridos, dez deles são polícias e os restantes cinco outros cidadãos. De acordo com o El País, o estado de saúde das vítimas é estável e nenhuma corre perigo de vida.
Aumentan las víctimas en el último balance de heridos del antentado suicida de hoy en el centro de #Tunez, segun portavoz del Ministerio del Interior: diez policías y cinco civiles. Su situación es estacionaria, y la vida de ninguno corre peligro. https://t.co/YSb1yymUqu
— Ricard Gonzalez i Samaranch (@RicardGonz) October 29, 2018
Ainda segundo o diário espanhol, a mulher terá cerca de 30 anos, é natural de Mahdia e levava um cinto de explosivos. Não terá antecedentes criminais ligados a associações extremistas. Apesar de não terem sido revelados mais detalhes, o comunicado do Ministério do Interior da Tunísia diz ainda que “o executor da operação foi morto no local e é desconhecido para os interesses de segurança contra o extremismo”.
Les pompiers et la police tunisiens interviennent sur le site de l'explosion, avenue Habib Bourguiba à #Tunis #AFP pic.twitter.com/D7e342D0Wx
— Agence France-Presse (@afpfr) October 29, 2018
A explosão terá acontecido por volta das 12h50, perto do Teatro Municipal, e não terá sido “excessivamente forte”, conta o correspondente do El País que estava no local. Logo após o rebentamento, foram muitos os curiosos que se acercaram e os polícias feridos — um deles a receber cuidados por parte dos companheiros. Logo depois chegaram reforços, foi estabelecido um perímetro de segurança e afastados os populares, que tentavam captar o momento com telemóveis. As primeiras ambulâncias chegaram cerca de dez minutos depois.
O presidente do país, Beji Caïd Essebsi, que estava de visita oficial a Berlim, lamentou o atentado. “É uma tragédia. Acreditávamos que tínhamos erradicado o terrorismo… mas ainda está presente no coração da capital”, disse.
Depois da revolução que teve lugar em 2011 na Tunisia, multiplicaram-se as ações terroristas por parte de grupos extremistas islâmicos contra as forças de segurança, que perderam mais de uma centena dos seus membros, diz o El Pais.