A Smart, uma das insígnias do Grupo Daimler, terá neste momento o seu futuro em cima da mesa, havendo mesmo a possibilidade de extinguir a marca, o que passaria por fazer surgir no seu lugar um Mercedes mais pequeno, cuja denominação poderá ser Classe U.

Quem avança estas informações é a norte-americana Automobile, com a publicação a adiantar que decorrem negociações com a chinesa Geely – a maior accionista da Daimler e dona da Volvo –, com vista a definir qual o rumo a dar à Smart, depois de terminar a aliança que une o grupo alemão à Renault e que, entre outras partilhas, permite que a actual geração do Smart seja construída sobre a mesma plataforma do Twingo.

Com a arquitectura partilhada, Renault e Smart conseguem uma maior rentabilidade, desde logo por garantirem custos de produção mais baixos. Só que, ao que parece, o fabricante gaulês não estará muito entusiasmado com a possibilidade de renovar a parceria, o que deixa a Daimler com um problema por resolver: o que fazer à Smart?

O futuro desta marca, cuja oferta se resume a apenas dois modelos compactos de vocação citadina – ForTwo e ForFour – dependerá de a Mercedes arranjar um novo parceiro, que assuma o lugar do Renault, caso esta não renove a parceria. A alternativa é acabar com a marca – o plano interno será esse – e usar a Mercedes como chancela para o lançamento de um novo modelo abaixo do Classe A, que indirectamente permitiria ao construtor de Estugarda substituir os ForTwo e ForFour e, directamente, concorrer com os rivais Mini Cooper e o Audi A1. São fortes os rumores que apontam para a denominação Classe U, numa clara colagem ao espírito urbano, havendo até quem já avance que o modelo está pensado para integrar três variantes: a City (com carroçaria de duas e quatro portas), a Shuttle (para a mobilidade partilhada) e a Cargo (comercial). Resta aguardar, na certeza de que a Smart já só comercializa EV nos EUA e comprometeu-se a fazer o mesmo, a partir de 2022, na Europa. E sucede que veículos eléctricos pequenos e baratos é uma das especialidades dos chineses da Geely, os maiores accionistas da Daimler.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR