Proença de Carvalho renunciou ao cargo de chairman da Cimpor. A decisão foi tomada depois de a empresa ter vendido as frações do negócio correspondentes a Portugal e Cabo Verde ao grupo turco Oyak. Além do advogado de 77 anos, demitiram-se também três administradores não executivos da empresa. A notícia foi avançada esta noite pelo Jornal de Negócios.

Os brasileiros da InterCement, proprietários da Cimpor, aquando do anúncio do entendimento – sexta-feira -, adiantaram, através de comunicado, que “esta transação enquadra-se no plano de redução da dívida do Grupo publicamente anunciado pela InterCement e pela Cimpor, em resposta à adversidade do contexto que se tem observado nos mercados da América do Sul, especialmente no Brasil”. Foi ainda dada a garantia de que seriam mantidos todos os trabalhadores assim como os seus postos de trabalho.

Brasileiros da InterCement vendem Cimpor a grupo turco OYAK

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O Oyak é detido pelas Forças Armadas turcas. Segundo a nota da empresa relativa a este acordo, “a OYAK Cement identificou o potencial de integração da Cimpor Portugal e Cabo Verde, valorizando em particular o seu know-how, capacidade operacional, a escala, o posicionamento geográfico e a sua capacidade exportadora”.

O acordo entre Cimpor e Oyak foi anunciado na passada sexta-feira mas ainda não está totalmente fechado. Desconhece-se o valor exato da transação, que ainda terá de passar pelo crivo da Autoridade da Concorrência, mas a agência de notícias Reuters adiantou que o negócio deve focar fechado por um valor próximo dos 700 milhões de euros.

Este acordo estará na base da decisão de Proença de Carvalho, que ainda não oficializou a decisão. A Cimpor ainda não emitiu qualquer comunicado a confirmar a renúncia do advogado.