Quem é que não gosta de, de vez em quando, se juntar com os amigos e competir, mesmo se de modo puramente amigável? É por isso que há inúmeros campos de futebol para alugar, da mesma forma que se pode optar por jogar bowling, ténis, pingue-pongue ou matraquilhos. Para quem gosta de conduzir, há ainda as pistas de karts, não necessariamente aquelas desenhadas para pilotos profissionais, mas as outras, mais pequenas, mais lentas e mais próximas dos centros urbanos, onde o cidadão comum, que não aspire necessariamente a ser o próximo Lewis Hamilton, se consiga divertir numa corrida com amigos ou colegas de trabalho.

Estes kartódromos podem ser no exterior, óptimos nos meses de Verão, ou interiores, na maioria das vezes dentro de grandes armazéns, onde se pode correr todo o ano, faça chuva ou faça sol. Mas nenhuma destas pistas está instalada num local tão improvável quanto a que está montada no topo do Norwegian Bliss.

Este barco de cruzeiro, que começou a operar em Abril deste ano, mede 333 metros de comprimento e 41 metros de boca (largura), sendo capaz de transportar no seu interior 4.900 turistas, servidos por 1.700 funcionários. E, à semelhança de outros navios deste tipo, coloca à disposição dos ocupantes uma série de actividades, da piscina aos escorregas aquáticos, passando pelo ginásio, vários tipos de espectáculos e muitos bares. Mas o Norwegian Bliss vai mais longe, ao proporcionar uma pista de karts de dois andares instalada nesta “cidade flutuante” de 168 mil toneladas.

Com 2.200 quartos e 20 andares, o armador deste gigantesco navio de cruzeiro concebeu uma pista para karts eléctricos que podem atingir 48 km/h. Para dar oito voltas há que pagar 9.95 dólares (8,77€)  e, como não podia deixar de ser, tudo foi pensado para evitar que, mesmo na disputa mais violenta de uma trajectória, nenhum dos convivas seja capaz de causar um acidente que lhe permita sair da pista, sair do barco e cair ao mar.

O Norwegian Bliss opera nas Caraíbas e no Alaska e, se tivéssemos que arriscar, apostaríamos que o kartódromo flutuante vai ser mais utilizado no primeiro destino do que no segundo, uma vez que a pista é ao ar livre e no topo de um monstro com 60 metros de altura.

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