O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, desvalorizou esta quarta-feira as críticas ao modelo de organização da Taça da Liga e ao videoárbitro (VAR), garantindo que ambos são bem-sucedidos.

“Fomos uma das cinco primeiras ligas do mundo a ter o VAR, estamos na frente da vanguarda tecnológica. Valorizamos e muito a introdução de novas tecnologias em defesa da verdade desportiva. O caminho é sempre da renovação e inovação”, frisou, indiferente às críticas que têm sido manifestadas.

Após o Conselho de Presidentes, que antecedeu a segunda meia-final da Taça da Liga, entre o Sporting de Braga e o Sporting, Proença disse que iria manter a “regra de não comentar as declarações de presidentes”, pelo que se escusou a comentar as observações de Luís Filipe Vieira quanto ao VAR, que foi responsabilidade de Fábio Veríssimo, na derrota por 3-1 frente ao FC Porto.

“A Liga e a própria federação — que tem a responsabilidade da arbitragem — estão preocupadas e sempre que haja a possibilidade de introdução de novos meios tecnológicos para assegurar melhores condições aos árbitros, certamente que serão assegurados”, reforçou, sem comentar qualquer desagrado pontual. A rematar o tema, deixou uma garantia: “São muitas mais as vantagens de ter o VAR, por muitos defeitos que possam existir. Estamos na vanguarda deste processo”.

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A reunião, que não contou com a presença de Benfica, Marítimo, Vitória de Guimarães, Portimonense, Vitória de Setúbal, Cova da Piedade e Arouca, serviu para falar do novo ciclo 2021/24 das competições europeias, bem como sobre a lei da violência e as parcerias e envolvimento das SAD nas competições, sendo que o próximo conselho de presidentes será em junho.

“Reformulamos e reposicionamos a Taça da Liga e agora todos querem ser campeões de inverno. O envolvimento dos clubes é inequívoco. A competição tem sido muito elogiada. A 1 de fevereiro começaremos a preparar a próxima edição. Com rigor, profissionalismo e planeamento. Sentido de responsabilidade. Este é um modelo de sucesso, para manter”, frisou.

O dirigente considerou “injustas” as críticas do treinador do Braga, Abel Ferreira, quanto ao preço dos bilhetes, recordando que até 27 de dezembro estes foram vendidos a cinco, 10 e 15 euros, passando depois para 10, 15 e 25. Proença manifestou ainda abertura para discutir a calendarização da próxima época “a bem da defesa do futebol nacional, do profissional em particular”.

No fim, o presidente da Liga desvalorizou as sete ausências na reunião que deveria contar com 32 presidentes, recordando que este mês há “outro tipo de preocupações como as transferências”. “A assembleia decorreu com muita vivacidade, grande envolvimento das SAD. O resultado é extremamente positivo”, concluiu.