O lucro consolidado da EDP caiu 53% no ano passado para 519 milhões de euros. A elétrica registou prejuízos de 18 milhões de euros na operação portuguesa, o que acontece pela primeira vez desde 1997, data em que se iniciou a privatização da empresa. Para esta queda histórica dos resultados da EDP privatizada, contribuiu o corte de 285 milhões de euros às receitas já recebidas pelas centrais que funcionam no regime dos CMEC (custos de manutenção do equilíbrio contratual) imposto pelo Governo. A EDP está a contestar este corte no tribunal, mas constituiu uma provisão no mesmo valor nas contas de 2018.

As medidas regulatórias, segundo a elétrica, penalizaram fortemente os lucros, com 672 milhões de euros, um impacto que inclui também impostos. Por outro lado, os resultados de 2017 refletiram mais-valias com a venda de ativos em Espanha e Portugal na área do gás que não se repetiram em 2018. Apesar da queda dos resultados, a EDP vai manter o dividendo em 0,19 euros por ação.

Já a EDP Renováveis e a EDP Brasil tiveram dos melhores resultados de sempre. A EDP R lucrou mais 14%, o equivalente a 313 milhões de euros. A EDP Brasil duplicou o lucro quando medido em reais. O investimento cresceu 18%, superando os dois mil milhões de euros, com a maior fatia a ir para as renováveis sobretudo nos Estados Unidos.

Os resultados da elétrica são conhecidos um dia antes de a EDP rever o plano estratégico até 2022, que vai contemplar a venda de ativos de produção de energia na Península Ibérica e um reforço do investimento nas renováveis.

EDP confirma venda de ativos e reforço nas renováveis

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