O grupo automóvel alemão Volkswagen (VW) anunciou esta quarta-feira o corte de cinco mil a sete mil postos de trabalho até 2023, como parte de um programa de austeridade para financiar pesados investimentos em carros elétricos e autónomos.

Devido à automatização das tarefas de rotina, a empresa assume que entre cinco mil a sete mil postos de trabalho vão desaparecer até 2023″, afirmou a VW, em comunicado, observando que a redução será alcançada através da não reposição de trabalhadores que se reformem.

Na terça-feira, a VW, que em 2018 conseguiu um lucro de 12,15 mil milhões euros, anunciou que prevê produzir 22 milhões de veículos elétricos nos próximos dez anos.

Volkswagen prevê produzir 22 milhões de veículos elétricos nos próximos 10 anos

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O grupo reviu, assim, as anteriores estimativas, divulgando igualmente que pretende lançar perto de 70 modelos novos de carros elétricos nesse período, em vez dos 50 anunciados até agora.

O lucro atribuível aos acionistas da VW foi em 2018 de 11,827 mil milhões de euros, mais 5,8% do que um ano antes.

O grupo automóvel assinou um “amplo programa de descarbonização para conseguir um resultado completamente neutro de emissões de CO2 em todas as áreas” em 2050 e compromete-se inteiramente com os objetivos climáticos previstos no Acordo de Paris.

O presidente do grupo Volkswagen, Herbert Diess, disse a propósito, citado pela agência de notícias Efe, que a “Volkswagen assume a responsabilidade perante as tendências chave do futuro, em respeito à proteção do clima” e para contribuir para abrandar o aquecimento global.

Atualmente existe uma “grande incerteza” em torno da disputa comercial entre os EUA e a China, o ‘Brexit’, as taxas de juro e o arrefecimento económico em muitas regiões do mundo. A rentabilidade operacional sobre as vendas foi de 5,9% no ano passado, face aos 6% de 2017.

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A faturação subiu 2,7% para 235,8 mil milhões de euros e as entregas melhoraram 0,9% até ao valor recorde de 10,8 milhões de veículos.