A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar a passagem por Portugal de Brenton Tarrant, o autor do ataque a duas mesquitas de Christchurch, na Nova Zelândia, que matou 50 pessoas, avança o Jornal de Notícias.

A investigação teve início depois de se saber que o atirador tinha visitado o norte e centro do país. Mas é a ida a Tomar que pôs Brenton Tarrant na mira da PJ, que acredita que a sua visita se prendeu com o Convento de Cristo, de acordo com o Diário de Notícias. Isto porque este monumento está relacionado com a Ordem dos Templários, responsável por expulsar os muçulmanos da Europa.

Foi o próprio atirador que revelou esta visita num manifesto de 74 páginas que divulgou na Internet poucos minutos antes do atentado — enviando inclusive à primeira-ministra — e no qual explica que que se “radicalizou numa viagem à Europa, tendo passado por França, Portugal, Espanha e outros países”.

Fiz uma viagem à Europa ocidental e estive em países como França, Espanha, Portugal e outros. O primeiro evento que provocou a mudança na minha cabeça foi o ataque em Estocolmo, a 7 de abril de 2017. Foi mais um ataque terrorista numa série de tantos outros que nunca mais acabam”, escreveu.

Brenton Tarrant passou sete anos a passear pelo mundo, com dinheiro que ganhou com um negócio de criptomoedas. O suspeito não tinha antecedentes criminais pelo que, na altura, a sua visita não foi referenciada. O atirador foi já presente ao juiz Paul Kellar, do tribunal distrital, que lhe leu uma acusação de homicídio. Brenton Tarrant, agora preso preventivamente, vai regressar ao tribunal a 5 de abril.

Nova Zelândia. Atirador enviou manifesto à primeira-ministra minutos antes do ataque

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