A polícia da Nova Zelândia anunciou esta quarta-feira que já identificou todas as 50 vítimas mortais do duplo ataque às mesquitas de Christchurch, na passada sexta-feira.
“Posso informar que, nos últimos minutos, o processo de identificação das 50 vítimas foi concluído e todas as famílias foram notificadas”, afirmou o comissário Mike Bush.
“Este é um ponto de viragem neste processo”, disse.
O anúncio foi feito minutos depois de a primeira-ministra, Jacinda Ardern, ter anunciado a proibição da venda de todas as armas de assalto e semiautomáticas, em resposta ao “ataque terrorista”, que causou 50 mortos e meia centena de feridos.
A Nova Zelândia vai proibir todas as armas semiautomáticas de estilo militar. Vamos também proibir as armas de assalto”, declarou Ardern, acrescentando que a nova legislação vai entrar em vigor já no próximo mês.
A primeira-ministra garantiu ainda que vão ser tomadas medidas para evitar uma corrida às armas antes da entrada em vigor da proibição de venda.
Na sexta-feira, uma semana após o ataque, o país cumpre dois minutos de silêncio pelas vítimas e, no mesmo dia, está prevista a transmissão, na rádio e televisão públicas, a chamada à oração, num gesto de apoio à comunidade muçulmana.
“Queremos mostrar o nosso apoio à comunidade muçulmana, no regresso às mesquitas, particularmente esta sexta-feira”, afirmou a primeira-ministra, em conferência de imprensa.
Brenton Tarrant, um australiano nacionalista branco de 28 anos, reivindicou a responsabilidade pelos ataques às mesquitas Al Noor e Linwood, na terceira maior cidade da Nova Zelândia.
Além de divulgar um manifesto anti-imigrantes de 74 páginas, Tarrant transmitiu em direto na internet o momento do ataque.