A agência de notação financeira Standard & Poor’s (S&P) avançou hoje que mantém o rating de Espanha em ”notável baixo” (A-), com uma perspetiva positiva, manifestando dúvidas sobre as capacidades do próximo governo, dada a fragmentação política.

A S&P considera ser improvável que, na sequência das eleições legislativas de 28 de abril próximo, possam ser realizadas reformas estruturais a curto prazo, que pensa serem necessárias para a economia espanhola enfrentar os desafios colocados pela alta taxa de desemprego e de défice da Segurança Social.

Mesmo assim, a agência assegura que o comportamento da economia espanhola continua a ser positivo, pelo que prevê um crescimento de 2,2% em 2019 — igual à previsão do Governo -, e avança que essa taxa continuará a ser superior à média da zona euro até 2021.

No relatório divulgado, a S&P prevê um crescimento equilibrado, com uma forte procura interna apoiada pelo aumento do consumo privado e uma sólida atividade financeira.

Destaca ainda os bons resultados registados na criação de emprego, embora saliente a necessidade de se avançar na redução do trabalho a prazo, o que contribuiria para aumentar a produtividade e a competitividade.

A agência indica que pode aumentar a notação atribuída a Espanha nos próximos 12 meses, se for aliviado o atual ambiente de tensão na Catalunha e reduzida a dívida externa.

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