A EDP afirmou esta terça-feira que o relatório preliminar da comissão de inquérito às rendas da energia contém “diversas incorreções e vícios”, desprezando centenas de horas de audições, e as conclusões “poderiam ter sido produzidas antes dos trabalhos se terem iniciado”.
O relatório preliminar contém diversas incorreções e vícios, desprezando o conteúdo de centenas de horas de audições, opiniões de reputados especialistas, bem como documentação e estudos objetivos e fundamentados que foram apresentados por diversos intervenientes que, se fossem considerados, afastariam grande parte das suas conclusões e recomendações”, defendeu fonte oficial da elétrica numa nota à agência Lusa.
Para a empresa liderada por António Mexia, “frequentemente, o relatório preliminar reflete apenas as opiniões do seu relator e não o que se passou”, considerando que “as conclusões do relatório poderiam ter sido produzidas antes mesmo dos trabalhos se terem iniciado”.
O relator do relatório da comissão parlamentar de inquérito ao pagamento de rendas excessivas aos produtores de eletricidade é o deputado do Bloco de Esquerda Jorge Costa que, na sexta-feira, enviou a versão preliminar do documento aos deputados, a qual começa a ser discutida na quarta-feira.
A EDP repudia as várias recomendações e conclusões que o relatório preliminar apresenta, e que a esta empresa dizem respeito, e reafirma a inexistência das chamadas rendas excessivas”, refere a empresa.
Uma das recomendações da versão preliminar do relatório é que “a sobre-remuneração constituída na atribuição dos CAE [Contratos de Aquisição de Energia] à EDP e mantida pelos CMEC [Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual] deve ser revista para o período remanescente deste regime [em vigor até 2027]”.
Elétricas terão recebido milhões em rendas excessivas. EDP foi a mais beneficiada