A equipa brasileira Palmeiras sofreu um ataque feito pelos próprios adeptos do clube, noticia o Globo Esporte, onde é possível ver o vídeo do momento. As agressões ocorreram quarta-feira à noite, à chegada do estádio Allianz Parque, em São Paulo, depois do jogo com o Junior Barranquilla, para a Taça dos Libertadores. Depois da vitória de 3-0, a equipa foi recebida com pedras, garrafas de vidro e insultos. Mas nenhum jogador ou técnico ficou ferido.

Os adeptos gritaram ofensas como “time pipoqueiro”, uma expressão brasileira usada para referir jogadores medrosos e que hesitam nas jogadas. No foco dos insultos, esteve a conselheira Leila Pereira e o avançado Miguel Borja. O jogador colombiano não é muito famoso entre os adeptos, principalmente depois da equipa ter sido eliminada do Campeonato Paulista, frente ao rival S. Paulo, nas grandes penalidades.

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Os adeptos do Palmeiras já tinham vandalizado a sede do clube antes da partida. A polícia deteve dois suspeitos, que tinham no telemóvel planos de ataque para quando a equipa abandonasse o recinto. A detenção levou a que as autoridades apostassem em segurança reforçada e que o autocarro fizesse um percurso alternativo, com proteção de viaturas militares de choque. Mas não foi o suficiente para a equipa escapar.

O treinador do clube, Luiz Felipe Scolari, afirma não temer a situação. “Viram-me com cara de assustado? Não tenho medo de bandido, ninguém tem aqui. Tenho respeito pelo clube e pelo nosso torcedor. Ninguém estava assustado. Eles, jogadores, enfrentaram isso com naturalidade. Não vamos dar visibilidade a quem não merece. É por isso que eles fazem. Eles não merecem. Os jogadores jogaram, dedicaram-se”, disse o técnico do clube.

O Palmeiras já fez um comunicado a repreender o ataque onde afirmava condenar a “covarde agressão”. Acrescentando ainda que “vândalos não representam a torcida do Palmeiras. O lamentável ataque ao ônibus da delegação foi denunciado à Polícia Militar para que sejam tomadas as devidas providências com nossa total colaboração”.