O artista norte-americano Jimmie Durham, vencedor do Leão de Ouro de carreira da Bienal de Arte de Veneza deste ano, revela uma nova obra na exposição “Acha que minto?”, patente em Lisboa até 30 de agosto.

A exposição, patente no espaço Fidelidade Arte, no Chiado, tem curadoria de Delfim Sardo e reúne peças criadas em 1995, uma obra sonora “Song NC Sharp”, de 2016, que passou um longo período sem ser mostrada, e uma escultura inédita.

A obra sonora regista o som de vidros a quebrarem, enquanto a escultura foi especialmente concebida para este projeto, e inclui pedras semipreciosas colecionadas por Durham ao longo dos anos.

O artista retoma a exposição “História Concisa de Portugal” que apresentou na Galeria Módulo em 1995, primeira presença do artista no país, e que “viria a ser relevante no seu percurso”, segundo a curadoria.

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O percurso de Jimmie Durham, nascido nos Estados Unidos, em 1940, cruza a poesia, o ativismo político e a prática artística. Ainda jovem, nos anos 1960, dedicou-se ao ativismo político, à poesia e à performance, e viajou para Genebra no final daquela década para estudar escultura e performance na École Nationale Supérieure des Beaux Arts.

Este ano, recebeu o Leão de Ouro da Bienal de Arte de Veneza pelo conjunto da sua obra.

Esta exposição é o segundo momento do projeto “Reação em Cadeia”, resultado de uma colaboração entre a Culturgest e a Fidelidade Arte, que propõe aos artistas participantes que façam o convite ao artista que lhes segue em ambos os espaços das duas entidades.

Jimmie Durham foi o artista proposto pela artista luso-africana Ângela Ferreira e será, por seu turno, sucedido pela artista italiana Elisa Strinna.