A Polícia Judiciária estará a investigar várias denúncias sobre a “falta de transparência” da secção de classificações do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol. De acordo com a revista Sábado, que esta quinta-feira revela o caso, a investigação terá surgido a partir de uma queixa-crime apresentada por um ex-árbitro no Departamento de Investigação de Ação Penal (DIAP) do Porto, há cerca de um mês, contra a “forma opaca” como são realizadas as avaliações de árbitros, assistentes, vídeoárbitros e observadores. Contactado pelo Observador, o Conselho de Arbitragem não confirma a informação.

A revista indica ainda que a queixa-crime foi respaldada por um vasto grupo de árbitros e assistentes, que defendem que as notas atribuídas aos árbitros têm sido viciadas para favorecer uns e prejudicar outros. Segundo fonte do processo contactada pela Sábado, vários pedidos de acesso a documentos da secção de classificações do Conselho de Arbitragem, como os critérios de avaliação, foram constantemente rejeitados sem qualquer tipo de justificação. A secção de classificações do organismo que integra a estrutura da Federação Portuguesa de Futebol é encabeçada por Lucílio Batista, ex-árbitro, e os vogais Albano Fialho e Pedro Portugal, sob a orientação hierárquica de Fontelas Gomes, presidente do Conselho.

Incluídos neste grupo que apoia a queixa-crime estarão cerca de 30 árbitros e assistentes “com alto perfil mediático” que, de acordo com a publicação, nas próximas semanas vão tornar público o processo “no local próprio” para desvendar as práticas que consideram ser ilegais por parte do Conselho de Arbitragem.

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