O primeiro-ministro, António Costa, assinalou esta segunda-feira que o Serviço Nacional de Saúde “não pode ser só uma história bonita”, mas merece “um futuro muito promissor”, que se constrói nas unidades de cuidados primários.
O Serviço Nacional de Saúde, que este ano comemora os 40 anos, não pode ser só uma história bonita, tem de ser, sobretudo, um futuro muito promissor e esse futuro constrói-se aqui, nestas unidades de cuidados de saúde primários, com os seus profissionais”, afirmou.
O primeiro-ministro falava na Unidade de Saúde Águas Livres, uma das cinco que inaugurou nos concelhos de Sintra e Amadora, distrito de Lisboa, e onde destacou que “as verdadeiras bases do Serviço Nacional de Saúde são mesmo estas unidades de cuidados primários”.
“E é por isso com muita satisfação que vejo que esta unidade se chama António Arnaut, que tem o nome daquele que foi o pai do nosso Serviço Nacional de Saúde”, assinalou.
O governante advogou ser “fundamental prosseguir esta reforma dos cuidados de saúde primários, assegurando a todos o acesso a médico de família, assegurando as oportunidades de diversificar a oferta de cuidados de saúde aqui nestas unidades, permitindo colocar aqui também meios complementares de diagnóstico, de forma a que os cuidados de saúde possam estar cada vez mais próximos das pessoas, e as pessoas mais longe das unidades hospitalares”.
O chefe de Governo destacou também que os concelhos de Sintra e da Amadora, “no conjunto, contêm 500 mil portugueses” e são “as áreas onde mais se concentram ainda as carências de médicos de família”.
Por isso, assinalou António Costa, este é um investimento importante, “por um lado por respeito para com os utentes que têm obviamente o direito a exigirem serem acolhidos em instalações de qualidade, que sejam acessíveis, e onde possam ter bons cuidados médicos, bons cuidados de saúde, bons cuidados de enfermagem”.
Mas, por outro lado, também de respeito para com os profissionais do Serviço Nacional de Saúde, aqueles que há 40 anos têm permitido ao país obter os ganhos de saúde que têm obtido e que nas condições mais adversas nunca deixaram de prestar os melhores cuidados de saúde a cada uma das portuguesas e a cada um dos portugueses”, acrescentou.
O primeiro-ministro sublinhou ainda o reforço da proximidade entre o Estado e as autarquias “no que diz respeito aos cuidados das instalações, à sua manutenção, à sua conservação”, advogando ser “fundamental que o que está novo hoje fique novo sempre”.
Também presente na ocasião, a ministra da Saúde explicou que este “agrupamento de centros de saúde tem, neste momento, 172.400 utentes”, sendo que “122 mil já têm médico de família, mas ainda há 50 mil que não têm”.
Marta Temido assinalou que as duas unidades de saúde inauguradas na Amadora – Venteira e Águas Livres – representam 2.814 metros quadrados renovados, 45.600 utentes servidos”, mais 38 gabinetes, 14 médicos, 17 enfermeiros e 10 assistentes técnicos.
A construção destes dois centros de saúde mereceu um investimento de 2.6 milhões de euros.
Apontando que “o trabalho neste área nunca acaba”, a ministra defendeu “a aposta nos cuidados de saúde primários para a melhoria do Serviço Nacional de Saúde”. “O Serviço Nacional de Saúde tem um longo caminho para fazer, para se continuar a modernizar e a desenvolver”, salientou, comprometendo-se a “não desistir”.