A notícia não é a nova e é a sua repetição que se torna relevante. Jean Todt, antigo CEO da Ferrari e uma das pessoas mais próximas de Michael Schumacher quando o alemão era piloto de Fórmula 1, voltou a garantir que o visita frequentemente e que os dois assistem, em conjunto, às corridas da prova rainha do automobilismo. Em entrevista à Radio Monte-Carlo, do Mónaco, o agora presidente da FIA reforçou que Schumacher continua a melhorar, mas fez várias ressalvas para não cair em mal entendidos como já aconteceu anteriormente.

“Tenho sempre muito cuidado quando falo deste assunto, mas é verdade. Vi a última corrida com Michael Schumacher na casa dele, na Suíça. O Michael está nas melhores mãos e cuidam muito bem dele. Não desiste e continua a lutar”, afirmou Todt, que em janeiro, por altura do 50.º aniversário do alemão, já tinha revelado que assistia a etapas de Fórmula 1 em conjunto com Schumacher e que ainda assistiria a “muitas mais”, o que levou a comunicação social a escrever que o piloto estaria já consciente e com a capacidade de reconhecer pessoas. Desta vez, para não motivar essas assunções, Jean Todt sublinhou que a comunicação com Schumacher “não é a mesma”, o que deixou perceber que as melhorias do piloto são ainda limitadas.

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“A família continua a lutar como no início, mas claro que a nossa amizade não pode ser a mesma. Simplesmente porque a comunicação que temos agora não é a que tínhamos. Ele continua a lutar. Afinal, só pensamentos positivos é que o ajudam. Eu e a família dele temos de nos manter positivos psicologicamente, apesar das circunstâncias”, acrescentou o francês, cujas novas declarações vão ao encontro das de Bernie Ecclestone, antigo CEO do Formula One Group. “Ele não está connosco neste momento. Mas, quando melhorar, vai responder a todas as perguntas”, disse Ecclestone em “Schumacher”, o documentário sobre o piloto alemão que foi estreado em Cannes e cujo trailer já está disponível.

De recordar que Michael Schumacher sofreu um acidente na neve em dezembro de 2013 e não voltou a ser visto em público. O alemão, heptacampeão mundial de Fórmula 1 e considerado um dos melhores de sempre na modalidade, permaneceu internado e em coma durante cerca de seis meses, até ser transferido para uma clínica de reabilitação. No final de 2014 e depois de um enorme investimento para transformar a mansão suíça numa quase clínica privada, a mulher Corinna e a restante família do alemão conseguiram levá-lo para casa e garantir todos os cuidados de saúde e de recuperação diários e constantes para que o piloto continue a melhorar.

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