Quase 250 mil sul-coreanos já assinaram uma petição que visa proibir a importação de bonecas sexuais de tamanho real para aquele país, noticia esta sexta-feira a Reuters. A dimensão da petição obriga, desta forma, a que seja o presidente da Coreia do Sul a resolver a situação.

A petição foi criada em julho, depois de o Supremo Tribunal da Coreia do Sul decretar a legalidade da comercialização das bonecas sexuais. O tribunal diz que as bonecas são para uso pessoal e devem ser distinguidas da pornografia — que é altamente restringida na Coreia do Sul. O autor do documento — cuja identidade é desconhecida — diz que a legalidade destas figuras semelhantes a humanos pode levar a um aumento dos crimes sexuais.

Já testemunhámos crimes sexuais cometidos por pessoas a quem a pornografia não era suficiente. Há a possibilidade de estes crimes serem cometidos por pessoas que não achem as bonecas sexuais suficientes”, lê-se na petição.

Empresas alfandegárias ligadas ao governo estão então a bloquear a importação destas figuras e já há relatos de sul-coreanos que viajam para outros países para poderem comprar bonecas sexuais.

O número de assinantes da petição obriga o gabinete do presidente Moon Jae-in a intervir e a dizer qual a sua posição perante a petição.

Ainda de acordo com a Reuters, as bonecas sexuais de tamanho real podem custar entre os 840 dólares (cerca de 750 euros) e os 16.000 dólares (cerca de 14 mil euros). Os preços variam conforme as opções requeridas pelos clientes, como o material da pele, cor dos olhos e até sistemas que aquecem o corpo para que as figuras se assemelhem ainda mais a um humano verdadeiro.

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