O sistema de monitorização que foi desenhado para garantir que só va a exame quem frequenta as 32 horas obrigatórias de aulas de condução pode ser facilmente manipulado pelas escolas, bastando para isso um smartphone ou um tablet e imprimir o código de barras destinado a registar cada aula.
A notícia é do Jornal de Notícias, que falou com fontes do setor, que demonstraram a facilidade com que esta ilegalidade pode ser feita. Segundo uma dessas fontes, há instrutores que levam consigo vários smarthphones ou tablets, onde dão início às aulas fictícias. Por estarem num carro em movimento, aqueles aparelhos registam, através do seu GPS, o percurso realizado — mas sem que o aluno tenha estado sequer dentro da viatura, muito menos ao volante.
Para enganar o sistema, basta fotocopiar o cartão e o respetivo código de barras, que diz respeito ao carro, ao instrutor e ao aluno. Depois, qualquer pessoa que tenha a aplicação aprovada pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), pode registar esse código de barras com o smartphone e tablet e assim dar início à aula fictícia.
O Jornal de Notícias contactou o IMT, que acabou por desvalorizar a situação. Em comunicado enviado àquela jornal, o IMT disse que “os sistemas de monitorização foram certificados de acordo com o legalmente estabelecido, estando sujeitos a fiscalização”.