Os grandes depósitos não protegidos pelo Fundo de Garantia de Depósitos (FGD) aumentaram 7,4% entre 2017 e 2018 e alcançaram os 51.676 milhões de euros no ano passado, noticia o jornal Público. É o terceiro ano consecutivo em que há um aumento destes valores e este número pode mesmo ser um novo recorde.
Desde 2015, ano em que houve uma quebra dos depósitos compreendida pela queda do Banco Espírito Santo (BES), pela intervenção da troika em Portugal e pela crise do euro, o valor dos depósitos não protegidos pelo FGD em caso de falência de um banco — por se situarem acima dos 100 mil euros — subiu 39%. Não houve, no entanto, quem explicasse esta subida.
O Público diz ainda que este aumento do montante global sem cobertura do Fundo de Garantia de Depósitos ocorreu a par do dos grandes depósitos, cujo crescimento superou nos últimos anos o dos depósitos elegíveis pelo fundo, que atualmente estão nos 184.557 milhões de euros e subiram 3,7% em relação a 2017.
Há dois anos, o Governo aceitou uma proposta do Banco de Portugal (BdP) para melhorar a proteção dos grandes depósitos em caso de resolução de uma instituição financeira. Cerca de 18 meses depois, entrou em vigor a Lei n.º23 que, de acordo com o Ministério das Finanças, “faz uma clara distinção entre depósitos e outros instrumentos financeiros em processos de insolvência de um banco”, acrescenta o mesmo jornal.