A última sessão no cinema Monumental, em Lisboa, antes de o edifício encerrar para remodelação, acontecerá no domingo com “Guerra e Paz”, de King Vidor, havendo uma garantia de reabertura depois das obras, disse à Lusa Paulo Branco.
A exibidora Medeia Filmes, do produtor Paulo Branco, revelou esta segunda-feira que o Cinema Monumental fecha portas este mês por causa das obras de remodelação no edifício localizado no Saldanha, e que a última sessão está marcada para domingo com aquele filme de King Vidor, com entrada gratuita.
Paulo Branco explicou à Lusa que apesar de não ter sido formalizado qualquer contrato, há uma garantia de regresso da Medeia Filmes àquele espaço, que também alberga escritórios e lojas, e que ficará encerrado durante cerca de um ano.
Questionada pela agência Lusa, fonte da comunicação da empresa espanhola Merlin Properties, proprietária do edifício, tinha revelado anteriormente a intenção de manter a exploração de cinema após a remodelação.
Em fevereiro passado, a Medeia Filmes deixou de explorar diariamente as quatro salas do cinema Monumental e manteve apenas exibição regular aos fins de semana no cineteatro, que encerra agora com “Guerra e Paz” (1956).
Com o fecho do Monumental, Paulo Branco manterá a programação regular no cinema Nimas, também em Lisboa, onde será substituído o ecrã e instalado um projeto 4K, estando prevista a exibição em outubro de filmes como “Joker”, de Todd Phillips, “Parasitas”, de Bong Joon Ho, “Chuva em Nova Iorque”, de Woody Allen, e “Vitalina Varela”, de Pedro Costa.
Ainda em outubro, o Nimas assinala o aniversário da escritora Agustina Bessa-Luís – que faria 97 anos no dia 15 – com o filme “Francisca”, de Manoel de Oliveira, uma leitura do romance “Fanny Owen”, da escritora, numa cópia digital 4K, restaurada pela Cinemateca Portuguesa e exibida este ano no festival de Veneza.
Enquanto exibidor, Paulo Branco tem também programação fora de Lisboa, em Braga, Coimbra, Setúbal, Figueira da Foz e Porto.