Na Primeira Liga, Bruno Lage não faz poupanças. Na Taça de Portugal, esta temporada, ainda não foi possível perceber se Bruno Lage faz poupanças. na Liga dos Campeões, Bruno Lage faz poupanças mas diz que não faz poupanças. Na Taça da Liga, Bruno Lage assume que faz poupanças e faz mesmo. Esta quarta-feira, nas horas que antecediam o jogo entre o Benfica e o V. Guimarães para a terceira de três competições internas, os adeptos encarnados sabiam que a revolução no onze inicial seria profunda: até porque o treinador assim o tinha prometido. Cerca de uma hora antes do apito inicial na Luz, o Benfica apresentava oito alterações face à equipa titular que jogou contra o Moreirense e lançava Zlobin, Nuno Tavares, Tomás Tavares, Caio Lucas, Jota e companhia.

Num jogo sem golos, a melhor notícia foi Zlobin, o miúdo que se portou como um czar (a crónica do Benfica-V. Guimarães)

Ao fim de 90 minutos e sem redes a abanar, os encarnados não foram além de um empate sem golos com os vimaranenses e as bancadas da Luz pouco se preocuparam com o facto de este ter sido o primeiro jogo para a terceira de três competições internas. Depois de Rui Costa assinalar o fim da partida, os adeptos encarnados assobiaram a equipa durante alguns instantes: Bruno Lage, de forma imediata, levantou-se do banco e pediu calma às bancadas. Contas feitas, o V. Guimarães conseguiu colocar um ponto final a uma série impressionante de 12 derrotas consecutivas frente ao Benfica e impôs aquele que foi apenas o terceiro encontro, na era Lage, em que os encarnados não marcaram qualquer golo na Luz.

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Na flash interview, o treinador encarnado explicou que este foi “um jogo competitivo”. “Até pelo contexto, com jogadores que não têm jogado tanto. A exibição foi sólida, fomos consistentes e fomos crescendo. Fico satisfeito com a exibição e as oportunidades que tivemos, assim como o regresso de alguns jogadores importantes para nós. É fundamental ter todos disponíveis. Sobre a prova, ela é curta. Temos de vencer os outros dois jogos, esperar que ninguém faça nove pontos e marcar mais golos que o Vitória”, acrescentou Bruno Lage, que concluiu ainda que o Benfica teve sempre “o controlo do jogo” e que o clube “tem equipa para o futuro”.

Já Gabriel, que esta quarta-feira voltou à competição depois se ter lesionado na Supertaça Cândido de Oliveira com o Sporting, foi mais comedido e reconheceu que o Benfica teve “dificuldades em manter a bola”. “O V. Guimarães veio muito bem e exigiu muito de nós. Penso que podemos melhorar, como sempre. Está tudo em aberto na competição, mas vamos procurar melhorar. Tivemos dificuldades em manter a bola e temos de ser mais eficazes. Depois disso, é acertar uns detalhes e continuar a fazer o trabalho que temos feito”, disse o médio brasileiro.