910kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

PS sem maioria, PAN alcança CDS e partidos pequenos podem chegar ao Parlamento. O que dizem as sondagens sobre as legislativas

Este artigo tem mais de 5 anos

PSD cresce nas intenções de voto, mas não basta. PS ganha, mas dificilmente com maioria. CDS, em queda, pode ser ultrapassado pelo PAN. E Bloco assume-se como terceira força política.

António Costa deve renovar lugar no Governo, mas sem maioria absoluta, indicam as sondagens
i

António Costa deve renovar lugar no Governo, mas sem maioria absoluta, indicam as sondagens

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

António Costa deve renovar lugar no Governo, mas sem maioria absoluta, indicam as sondagens

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Seis sondagens, seis vitórias. Embora nunca chegue à maioria absoluta, o Partido Socialista (PS) é o vencedor das eleições de domingo, segundo as sondagens divulgadas pelo Expresso/SIC (ISCTE e ICS), pela TVI/Jornal de Notícias/TSF (Pitagórica), pelo Correio da Manhã/Jornal de Negócios (Intercampus), pelo Público/ RTP (Católica), pelo Sol (Eurosondagem) e pelo Jornal Económico (Aximage).

Com algumas variações entre si, também há constantes: o PS aparece sempre à frente dos restantes partidos embora em queda, o PSD recupera e aproxima-se dos socialistas (mas não o suficiente para ambicionar uma vitória), enquanto o Bloco de Esquerda mantém-se a terceira força política com mais intenções de voto. Entre os partidos com assento parlamentar, CDU continua a estar à frente do CDS, que perde deputados, e o PAN aproxima-se dos resultados do partido de Assunção Cristas — em algumas das sondagens, chega mesmo a ultrapassá-lo.

A sondagem mais favorável ao PS é a do Sol, que dá 38,8% da intenção de votos a António Costa. A menos favorável é a sondagem da Intercampus, que antecipa um resultado de 35% para os socialistas — uma diferença de 3,8 pontos percentuais em relação aos resultados da Eurosondagem.

O que significam estes números? Que, na sondagem do Sol, Costa elege 117 deputados no máximo e 109 no mínimo. E que, nos resultados da Intercampus, o PS fica-se pelos 104 mandatos. Ou seja, quer num cenário, quer no outro, é possível que os socialistas recorram a uma nova geringonça, já que muito dificilmente chegam à maioria absoluta. E que, mesmo que a alcançassem, seria por uma diferença de apenas um deputado.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

PS a poucos deputados da maioria absoluta

Com ou sem maioria absoluta, e de acordo com as sondagens, o PS terá sempre uma subida no número de deputados eleitos em 2015 face aos 86 socialistas que existem atualmente no Parlamento. Por exemplo, a sondagem da Católica para o Público e RTP prevê que o partido de António Costa conquiste entre 97 e 107 deputados. E a sondagem do ISCTE para o Expresso já prevê números mais elevados — 104 a 114 deputados.

Em nenhuma das sondagens se prevê que o PS eleja menos deputados do que nesta legislatura. Mas só numa — e só mesmo no limite — as intenções de voto indicaram uma possível maioria absoluta. É o que acontece da Eurosondagem para o Sol.

Os socialistas estão tão próximos dos 116 deputados em todas as sondagens que o mais provável é que, se preferirem governar com mais do que uma simples maioria relativa, só precisariam de uma coligação com o Bloco de Esquerda ou CDU para alcançar o número de cadeiras parlamentares necessárias. Em 2015, a geringonça precisou de três rodas dentadas para funcionar: PS, Bloco e CDU. Passados quatro anos, com mais deputados eleitos, apenas precisaria de duas e, sendo assim, o PS pode dispensar um dos outros partidos.

PSD é quem mais cresce, mas não basta

Apesar de todos os dedos apontarem para a vitória do PS, o partido de António Costa tem caído alguns pontos nas sondagens. Pelo contrário, é o PSD de Rui Rio a força política que mais tem crescido nas intenções de voto. Na sondagem da Pitagórica, que tem feito registos diários, os sociais-democratas subiram 2,2 pontos percentuais num espaço de 12 dias — de 21 de setembro a 03 de outubro. E nas duas sondagens da Aximage subiu 1,6 pontos percentuais entre 25 de setembro e 02 de outubro.

Ainda assim, os resultados do PSD não devem ser suficientes para fazer frente ao PS nas urnas. O mais alto resultados que o partido liderado por Rui Rio conseguiu alcançar nas sondagens foi de 30%, segundo o estudo da Católica para o Público e RTP. No outro lado do espetro, a Eurosondagem foi a que apontou um resultado mais baixo para os sociais-democratas: 25,5%.

Mesmo com PS e PSD mais próximos em parte dos gráficos das sondagens, a margem entre os dois nunca foi inferior aos 6,4 pontos percentuais apontados pela sondagem da Pitagórica publicada a 30 de setembro. Pelo contrário, a sondagem em que se registou uma maior diferença entre os dois partidos foi a Eurosondagem, que os colocou a uma distância de 13,3 pontos percentuais.

PAN chega pela primeira vez aos 4%

O PAN ultrapassou o CDS pela primeira vez na sondagem da Pitagórica para a TVI, JN e TSF, desde que começou a ser realizada, no dia 21 de setembro. O partido de André Silva ultrapassou os 4% de intenções de voto pela primeira vez e chegou esta quinta-feira aos 4,4%. Em contrapartida, o partido de Assunção Cristas está agora nos 3,9% — a 0,5 pontos percentuais do PAN.

Já na sondagem da Intercampus, o partido de André Silva tinha ultrapassado o CDS, quando conseguiu 5,6% das intenções de voto contra 4,5% do CDS — uma diferença de 1,1 pontos percentuais.

Se estes forem os resultados das eleições no próximo domingo, isto traduz-se em duas consequências para o Parlamento. Em primeiro lugar, a esquerda ganha mais deputados porque o PAN elege mais deputados — nesta legislatura tem apenas um no Parlamento. E em segundo lugar, o CDS perde deputados. Em grande parte das sondagens, o partido de Assunção Cristas surge com cerca de 5% das intenções de voto, o que significa que o CDS pode ver reduzido o número de deputados para entre cinco e 10. Agora tem 18.

Ora, o CDS arrisca-se a ter o pior resultado de sempre em eleições legislativas, se olharmos para os mais recentes resultados da Pitagórica. Pode mesmo ser pior que o alcançado em 1987, quando elegeu quatro deputados e ficou conhecido por “partido do táxi”, uma vez que esse era o número máximo de ocupantes que os táxis podem levar.

Partidos pequenos podem chegar ao Parlamento

A sondagem da Aximage para o Jornal Económico aponta para que o Livre e o Chega conquistem, cada um, um deputado no Parlamento. Mas a sondagem da Católica indica que é a Iniciativa Liberal — não o Chega — a alcançar um lugar na Assembleia ao lado do Livre. A Intercampus, no entanto, fecha as portas do Parlamento a novos partidos: segundo os resultados, só as forças políticas que já têm assento parlamentar nesta legislatura têm a possibilidade de por lá continuar.

Já o estudo do ISCTE para a SIC e Expresso, escancara a porta do Parlamento a quatro dos pequenos partidos. São eles o Livre, com Joacine Katar Moreira, RIR de Tino de Rans, o Aliança de Pedro Santana Lopes e o Chega de André Ventura. É assim porque estes são os partidos que mais perto estão de atingirem 1% das intenções de voto, que dão 50% de probabilidade de eleger um deputado no nosso sistema eleitoral.

(atualizado sexta-feira, 4 de outubro, às 17h57)

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça até artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.