O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, ordenou que a Polícia Federal e a Marinha se juntem à investigação ao derrame de hidrocarbonetos que contaminaram o litoral do nordeste brasileiro nas últimas semanas.

A ordem, publicada no sábado no Diário Oficial da União, alarga uma investigação sobre a poluição que afetou, segundo as autoridades ambientais, as águas costeiras e dezenas de praias e que ainda não chegou à origem do derrame.

As investigações serão conduzidas pela Polícia Federal, pelo Comando da Marinha, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), cada um dentro das suas competências.

As autoridades afirmam não ter ainda descoberto a origem do petróleo, que matou algumas tartarugas e obrigou banhistas e pescadores a afastarem-se das zonas contaminadas.

O Ministério do Meio Ambiente investiga desde 24 de setembro a origem de manchas escuras que identificou como hidrocarboneto, um derivado do petróleo, que tinha aparecido nos dias anteriores em dezenas de praias de oito dos nove estados do Nordeste do país.

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A empresa estatal Petrobras realizou uma análise e assegura que o óleo derramado não é do tipo que produz.

Bolsonaro pediu às forças de segurança envolvidas na investigação que apresentem uma avaliação preliminar no prazo de 48 horas.

Foram atingidos os estados de Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Piauí, Maranhão e Sergipe. O único dos nove estados do Nordeste em que até ao momento não foram registadas estas manchas foi a Bahia.

Além de Recife, outras capitais regionais, como São Luís (Maranhão), Natal (Rio Grande do Norte) e João Pessoa (Paraíba), também registaram a presença de manchas nas praias.