Com o novo ano ao virar da esquina, o Lonely Planet é dos primeiros a fazer as malas para as viagens que se seguem na agenda. Para se juntar aos planos, basta seguir a lista de sugestões de destinos a visitar nos 12 meses que se seguem — e eventualmente começar a fazer algumas contas de cabeça.
Para 2020, o popular guia sugere uma fornada de países, cidades, regiões e ainda algumas experiências extra que completam este elenco, sendo que Portugal fica fora da lista. Butão, Inglaterra, Macedónia do Norte, Aruba, Suazilândia, Costa Rica, Holanda, Libéria, Marrocos, e Uruguai são, por esta mesma ordem, os 1o países a manter debaixo de olho. Quanto ao líder, um “pequeno pedaço de paraíso nos Himalaias”, o Lonely Planet elogia a sua política de turismo rigorosa e taxas significativas, no sentido de minimizar o impacte destas visitas. Para mais, e no que à sustentabilidade diz respeito (uma prioridade nas sugestões fornecidas pelo guia), o reino do Butão é o único país do mundo a atingir a neutralidade carbónica, assumindo ainda o desafio de se tornar, já no próximo ano, a primeira nação do mundo totalmente orgânica, outros pontos sublinhados por este ranking, como é o caso de Aruba (se rumar às Caraíbas lembre-se que em 2020 não serão permitido protetores solares inimigos dos oceanos).
E se ideias como Inglaterra lhe parecem demasiado previsíveis, pense duas vezes. Para cada destino partilhado há uma razão de peso por trás e este caso não é exceção: a ilha às voltas com o Brexit tem no seu extenso caminho costeiro, o maior da Europa, um dos seus menos óbvios, mas também mais apetecíveis, cartões de visita.
Mozart, Tutankamon e Rafael: uma sinfonia de férias para mais tarde recordar
Já no capítulo das cidades, a austríaca Salzsburgo é a principal paragem obrigatória, com o seu célebre festival de música a cumprir 100 anos e a fazer duplicar os motivos de atenção. Para mais uma data redonda, também Washington DC, nos EUA, que surge em segundo lugar, celebra o centenário da 19ª Emenda, a mesma que concedeu às mulheres o direito de votarem, convidando a um périplo por museus e mostras que darão espaço à efeméride. Enquanto isso, o Cairo espera inaugurar com toda a pompa e circunstância o aguardado Grande Museu Egípcio. Já Galway, na Irlanda, marcará o ritmo como Capital Europeia da Cultura, enquanto Bona, na Alemanha, não deixará passar em branco os 250 anos de Beethoven. A lista é ainda preenchida por escalas em La Paz (Bolívia), Kochi (Índia, “um exemplo na energia renovável”), Vancouver (Canadá, sólida candidata a uma das cidades mais verdes do mundo), Dubai (Emirados Árabes Unidos), e Denver (EUA).
Quanto a regiões, é no coração da Ásia que a Rota da Seda se apresenta como um dos pontos mais destacados, ocupando o primeiro lugar deste top 10. Do Quirguistão ao Uzbequistão, o guia sublinha o crescente interesse dos viajantes por estas paisagens, e encaminha os viajantes para outras nove sugestões. É o caso de Le Marche, na Itália, onde a localidade de Urbino dedicará o próximo ano a festejar os 500 anos da morte da sua maior lenda local, o pintor Rafael. E se os Olímpicos de verão vão decorrer em Tóquio, não se esqueça de passar pela alternativa Tōhoku, uma lufada de ar fresco em relação às multidões na capital nipónica. De volta aos EUA, aproveite o bicentenário do Maine. Enquanto isso, nos Antípodas, e para mais uma pausa amiga do ambiente, inclua no calendário a ilha australiana Lorde Howe, que permite o acesso a apenas 400 visitantes de cada vez, encorajados a participar numa série de atividades que visam a sustentabilidade. A província de Guizhou, na China, a zona de Cádiz, em Espanha, o nordeste da Argentina, o golfo de Kvarner, na Croácia, e a Amazónia, completamente este cardápio para lá do previsível circuito de capitais.
Se guardou fôlego (e euros) para mais umas quantas experiências longe de casa, temos mais coordenadas servidas pelo guia. O Lonely Planet não se despede deste missão sem sugerir algumas escapadinhas que valem o esforço de ir além das recomendações tradicionais. É o caso, por exemplo, de Nusa Tenggara, na Indonésia, para quem não fica de pedra e cal em Bali e se aventura no terreno. Perca-se ainda em Budapeste (Hungria), Madhya Pradesh (Índia), Buffalo (EUA, para descobrir o “super interativo Museu da Criança, a estrear em 2020”), Azerbaijão, Sérvia, Tunísia, África do Sul, Atenas, e Zanzibar (Tanzânia).