O major-general Carlos Perestrelo foi esta quinta-feira afastado do cargo de Comandante Operacional da Madeira por ter autorizado civis a disparar um canhão num torneio de golfe.
O caso ocorreu há alguns meses, mas só agora o vídeo do momento foi tornado público no Correio da Manhã e Diário de Notícias. Nesse vídeo, vê-se o major vestido à civil, enquanto militares fardados explicam a um outro civil como funciona o canhão. Essa mesma pessoa acabou depois por disparar uma munição de salva. Isto terá acontecido em duas ocasiões.
O ministro da Defesa Nacional tinha já emitido um despacho para que o major-general fosse substituído, mantendo-se ao comando da zona militar da Madeira até cessar funções. Mas o major-general foi, entretanto, afastado do cargo.
“O assunto foi analisado com caráter de urgência e o major-general já foi substituído nas suas funções. O contra-almirante tomou posse e chegará ao final da tarde de hoje à região Autónoma da Madeira”, disse à Rádio Observador o comandante Santos Serafim, porta-voz do Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA).
Além da artilharia, o major-general utilizou também militares fardados em cerimónia num torneio de golfe privado, segundo avança o dnoticias.pt. Resta agora saber em que circunstâncias se efetuou o transporte da peça de artilharia.
À Rádio Observador, o EMGFA esclareceu que “a prática do uso de peças de artilharia e de militares uniformizados em cerimonial para realizar salvas em torneios de golfe, não era do conhecimento do Estado-Maior-General das Forças Armadas”.
O comandante operacional da Madeira, major-general Carlos Perestrelo, estava no cargo desde 23 de Maio de 2017.