António Salvador, presidente do Sporting Clube de Braga, e Júlio Mendes, ex-líder do Vitória de Guimarães, foram acusados juntamente com Melchior Moreira, presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, da alegada prática de um crime de falsificação de documento por terem assinado contratos de patrocínio que nunca foram concretizados.
Estão em causa contratos de patrocínio superiores a cerca de 130 mil euros do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) aos dois clubes minhotos, que foram pagos, mas que nunca deram lugar a uma atividade concreta de sponsorização.
De acordo com a acusação do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto, a que o Observador teve acesso, deram ainda lugar a uma acusação de corrupção ativa contra Júlio Mendes e de corrupção passiva contra Melchior Moreira.
No caso do Vitória de Guimarães estão em causa cerca de 123 mil euros que terão sido pagos à luz de contrato de patrocínio que permitira a inscrição do patrocínio do Turismo do Porto e do Norte de Portugal nas camisolas do clube minhoto durante a final da Taça de Portugal realizada a 28 de de maio de 2017.
Segundo a acusação do DIAP do Porto, tal patrocínio teve como intenção uma alegada compensação que Melchior Moreira pretendia dar a Júlio Mendes por este promover a sua candidatura a presidente da Liga de Clubes.
Já a acusação contra António Salvador e o Braga, assenta num patrocínio de 15 mil euros do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) para apoiar a equipa de futsal que iria participar na UEFA Futsal Cup 2017, em Madrid.
Além dos seus dirigentes, também os clubes (Sporting de Braga e Vitória de Guimarães) foram acusados, enquanto pessoas coletivas, do crime de falsificação de documento.
Recorde-se que, tal como foi anunciado este sábado pela Procuradoria Distrital de Porto, Melchior Moreira foi acusado dos crimes de corrupção passiva, recebimento indevido de vantagem, participação económica em negócio e abuso de poder no chamado caso da Operação Éter. Moreira, que se encontra em prisão preventiva, deverá continuar com essa medida de coação máxima.