A antiga ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues disse esta terça-feira, à saída do tribunal, onde depôs como testemunha de José Sócrates, que não foi pressionada pelo ex-primeiro-ministro e que espera ter esclarecido tudo perante o juiz.

Espero que tenha ficado esclarecido. Disponibilizei-me para esclarecer as dúvidas existentes e responder a todas as questões”, declarou aos jornalistas a antiga ministra da Educação (2005-2009).

Maria de Lurdes Rodrigues adiantou que, segundo o seu conhecimento, não há nenhuma acusação no processo Operação Marquês de que o ex-primeiro-ministro a tenha pressionado a tomar qualquer decisão.

A ex-ministra admitiu ter sido confrontada por três tipos de questões: sobre o modo como funciona o Conselho de Ministros e como eram preparadas e tomadas todas as decisões, depois sobre as circunstâncias em que tinha sido criada a Parque Escolar e, por último, sobre como funcionava a Parque Escolar e como eram tomadas as decisões.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Acerca desta última questão, explicou que era através de uma empresa co-tutelada pelo Ministério da Educação e pelo Ministério das Finanças. “Tudo isto foi esclarecido. Espero”, finalizou.

A Operação Marquês, processo em que é arguido José Sócrates, o banqueiro Ricardo Salgado e o antigo ministro Armando Vara, entre outros, teve início em 19 de julho de 2013 e culminou na acusação a 28 arguidos — 19 pessoas e nove empresas — pela prática de quase duas centenas de ilícitos económico-financeiros.

Operação Marquês. Juiz Ivo Rosa manda investigar dois órgãos de comunicação social por fugas de informação