A fusão da CP — Comboios de Portugal com a EMEF, aprovada esta quinta-feira pelo Governo, vai permitir sinergias internas e o reforço do “espírito de corpo” dos trabalhadores, defendeu a transportadora ferroviária.
“Trata-se de uma fusão por incorporação da EMEF na CP, voltando a empresa mãe a concentrar as valências de manutenção e reparação do material circulante, numa operação que permitirá obter sinergias internas e reforçar o espírito de corpo dos trabalhadores do grupo”, apontou, em comunicado, a empresa pública.
Ao nível interno, a transportadora vai assim reorganizar a sua estrutura, “reforçando a capacidade operacional e funcional”, integrando a gestão das atividades de transporte e manutenção do material circulante, “com ganhos de qualidade, eficiência e racionalidade, melhor afetação de recursos e competências, numa estrutura simultaneamente mais ágil e robusta”.
Citado no documento, o presidente da CP, Nuno Freitas, considerou que, após a assinatura do contrato de serviço público, em 28 de novembro, “esta fusão constitui uma das mais importantes etapas” do plano estratégico da transportadora, que tem por objetivo dotar a empresa “dos meios e condições para prestar um serviço ferroviário de qualidade”.
O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira a incorporação da EMEF na CP — Comboios de Portugal, fusão cujo objetivo passa por “reforçar a capacidade operacional e funcional da principal operadora nacional de transporte ferroviário de passageiros”.
A fusão da EMEF [Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário] é “uma medida de reorganização que visa garantir a normalização e o reforço da qualidade do serviço público prestado pela CP, tendo por base linhas sólidas de gestão integrada – para a atividade de transporte e para a atividade central de suporte que é a de manutenção e reparação”, lê-se no comunicado divulgado no final da reunião.
Na conferência de imprensa que sucedeu a reunião do Conselho de Ministros, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, afirmou que a fusão “é oficializada hoje”, e representa a conclusão de “um processo que se iniciou em junho” e permite “corresponder a uma exigência do Tribunal de Contas”, que pediu a clarificação da “relação entre as empresas”.