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A roda de Otávio que saltava transformou-se num F1 – e faz pit stops de calcanhar (a crónica do FC Porto-Varzim)

Este artigo tem mais de 4 anos

Sem brilho, com eficácia, sempre com Otávio na equipa até na hora de poupar jogadores: FC Porto vence Varzim (2-1) e está nas meias da Taça de Portugal com calcanhar do brasileiro no momento da noite.

FC Porto fez uma exibição com pouca nota artística mas carimbou passagem às meias da Taça de Portugal
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FC Porto fez uma exibição com pouca nota artística mas carimbou passagem às meias da Taça de Portugal

Miguel Pereira

FC Porto fez uma exibição com pouca nota artística mas carimbou passagem às meias da Taça de Portugal

Miguel Pereira

Depois de ter anunciado a dupla de centrais titular em Moreira de Cónegos na conferência de imprensa do clássico em Alvalade, a pergunta sobre sobre as possíveis alterações na receção ao Varzim para a Taça de Portugal tornou-se quase inevitável. “Estão à espera que solte mais alguma coisa sobre a equipa? Talvez em 2030…”, atirou o técnico portista a propósito de um eventual regresso de Romário Baró. Mas, antes, Sérgio Conceição voltou a fazer a fazer uma analogia com a Fórmula 1 que deixou pelo menos a possibilidade de trocar algumas das peças.

FC Porto vence Varzim (2-1) com golos de Soates e Marcano e está nas meias da Taça de Portugal

“É sempre preciso ajustar a equipa dependendo do momento de alguns jogadores, do adversário e de tudo isso”, disse, numa ideia expressa já antes na antecâmara do encontro com o Sporting. “Se olharmos para um carro de Fórmula 1, veem que olham para a pista, para os pneus, para a meteorologia… Temos de nos ajustar para aquilo que penso ser a melhor equipa para determinadas situações (…) Não abdicamos da identidade da equipa, tem de ter princípios fortes, depois pode haver um jogador em determinada posição que é mais tecnicista e que joga mais em passe curto e outro que explora mais a profundidade. Mas a reação à perda tem de ser a mesma”. E foi nessa perspetiva que o monolugar azul e branco teve sete mexidas mas manteve uma peça fundamental: Otávio.

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O brasileiro que foi cedido por empréstimo dois anos ao V. Guimarães após assinar pelos dragões e passar pela equipa B regressou em 2016/17 ao FC Porto com Nuno Espírito Santo e manteve-se desde que Sérgio Conceição assumiu o comando dos azuis e brancos sendo condicionado por alguns problemas físicos que lhe iam retirando jogos às vezes nas fases em que atravessava os melhores momentos. Na última temporada, jogando quase sempre da ala para dentro, realizou o recorde de 44 partidas; na atual época, chega a meio de janeiro com 28 jogos, sendo o elemento com mais partidas a par de Alex Telles. E mais uma vez voltou a ter influência no resultado com o Varzim (2-1), com uma assistência de calcanhar para Soares manter a série de golos consecutivos e com uma passagem para o corredor central no segundo tempo que “acabou” com a reação dos visitantes. Otávio era o jogador a quem a roda costumava saltar nas piores alturas; hoje, transformou-se no Fórmula 1 de Sérgio Conceição.

Ficha de jogo

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FC Porto-Varzim, 2-1

Quartos-de-final da Taça de Portugal

Estádio do Dragão, no Porto

Árbitro: Rui Costa (AF Porto)

FC Porto: Diogo Costa; Saravia (Alex Telles, 46′), Mbemba, Marcano, Wilson Manafá; Uribe, Sérgio Oliveira; Otávio, Luis Díaz (Vítor Ferreira, 85′); Fábio Silva (Romário Baró, 64′) e Soares

Suplentes não utilizados: Marchesín, Diogo Leite, Loum e Aboubakar

Treinador: Sérgio Conceição

Varzim: Ismael, João Amorim, Alan Henrique, Hugo Gomes, Cerveira; Baba Sow (Minhoca, 72′), Rui Moreira (Stanley, 82′), Pedro Ferreira; Lumeka, Frédéric Maciel (Caetano, 61′) e Leonardo Ruíz

Suplentes não utilizados: Serginho, Minhoca, Zé Diogo, Caetano, Stanley e Gonçalo

Treinador: Paulo Alves

Golos: Soares (28′), Hugo Gomes (36′) e Marcano (41′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Alan Henrique (87′) e João Amorim (90+4′)

Apesar da derrota que afastou a equipa da fase de grupos da Liga dos Campeões numa fase precoce da temporada, o FC Porto foi a única formação a dobrar o ano civil ainda inserido nas quatro competições em que participa – e com um discurso a colocar a fasquia alta em relação ao sucesso em cada uma. Mas isso também tem o seu reverso da medalha, com um total de sete a oito encontros em menos de um mês, em caso de triunfo na meia-final da Taça da Liga. Foi nesse sentido que Sérgio Conceição mexeu em algumas peças para justificar “o plantel equilibrado”. “É o ano em que fico mais satisfeito em termos de soluções para as várias posições”, acrescentou. Ao todo foram sete alterações em relação ao último jogo com o Moreirense e em todos os setores da equipa.

Com Diogo Costa a reocupar um lugar que já chegou a ser seu até num jogo do Campeonato e Mbemba a manter-se como único repetente numa defesa com Saravia, Marcano e Wilson Manafá na esquerda, Sérgio Conceição apostou de novo em Uribe um pouco mais recuado para construir ao lado de Sérgio Oliveira, alternando entre quem subia para criar desequilíbrios e quem ficava para equilibrar nas transições defensivas. Na frente, além do talismã dos últimos encontros Soares, entraram Luis Díaz para a esquerda e Fábio Silva para um 4x4x2 com o brasileiro na frente ficando a ala direita para Otávio mas sempre em movimentos interiores para a subida do lateral. E se o primeiro aviso veio da velocidade de Lumeka, a primeira oportunidade pertenceu ao FC Porto logo aos cinco minutos, com Sérgio Oliveira a ganhar uma segunda bola na área e a rematar por cima (5′).

[Clique nas imagens para ver os melhores momentos do FC Porto-Varzim em vídeo]

Os dragões iam tendo mais bola, tentavam criar desequilíbrios nas laterais para situações de cruzamento com Fábio Silva, Soares, o extremo do lado oposto e um dos médios em zonas de finalização, mas o conjunto de Paulo Alves estava confortável perante a falta de velocidade nesse jogo trabalhado a partir de trás dos azuis e brancos e, de quando em vez, explorava a profundidade com Stanley para colocar os visitados em sentido. Wilson Manafá, num trabalho individual a passar por alguns adversários antes do remate por cima da trave (19′), e Fábio Silva, numa tentativa em jeito mas ao lado (20′), criaram as situações de perigo antes de uma fase onde o Varzim ganhou alguns cantos e esteve mais tempo no meio-campo portista. Situações para visar a baliza de Diogo Costa, nenhuma. E até seria mesmo o FC Porto a inaugurar o marcador por Soares, após assistência de Otávio de calcanhar (28′).

O golo abria condições para os dragões, que jogam já no sábado diante do Sp. Braga para a Primeira Liga, poder ter outro tipo de presença mais efetiva e afirmativa no encontro mas, no seguimento de mais uma investida de Lumeka (que já passou pela Premier League, ao serviço do Crystal Palace) que foi travado em falta perto da área, Hugo Gomes apontou o seu primeiro golo da temporada numa “bomba” que apanhou Diogo Costa a fazer o movimento contrário e soltou a festa dos muitos adeptos varzinistas no Dragão – muitos a fazerem a deslocação de metro até ao recinto dos azuis e brancos (35′). Os visitantes abriam uma janela de oportunidade no jogo, Marcano fechou a porta a essa possibilidade antes do intervalo: livre lateral na esquerda marcado por Sérgio Oliveira para a entrada de Marcano ao primeiro poste e desvio de cabeça para o 2-1 sem hipóteses para Ismael (41′).

Mesmo em vantagem, Sérgio Conceição não estava satisfeito com alguns aspetos. Já tinha expresso isso durante o jogo, terá voltado a expressar isso no decorrer do intervalo. E houve mesmo uma cabeça a “rolar”, a cabeça que não jogava no Dragão desde agosto mas que voltou a não cumprir mais do que 45 minutos: Renzo Saravia, a quem tocou a “fava” de tentar parar sem sucesso Lumeka e que ficou nos balneários por troca com Alex Telles, passando Wilson Manafá para o lado direito da defesa. Em termos defensivos, a equipa teve uma outra estabilidade mas, à exceção de um remate ao lado de Uribe (48′), foi quase nula em termos atacantes.

O Varzim ainda respondeu, de novo explorando a velocidade pelas alas com Lumeka e Caetano (que entretanto foi para o lugar de Fréderic Maciel), mas os cruzamentos nunca encontraram destinatário e foram atravessando a área de Diogo Costa sem perigo. Nem mesmo a entrada de Romário Baró para o lugar de Fábio Silva estancou esse período, até que Otávio começou a ocupar terrenos mais centrais e estabilizou uma equipa portista que, mesmo sem criar também grandes ocasiões a não ser um livre direto de Alex Telles a rasar o poste (88′), conseguiu fazer história ao chegar pela terceira época consecutiva às meias-finais da Taça de Portugal, onde aguarda agora o vencedor do encontro entre Ac. Viceu e Canelas 2010… do líder dos Super Dragões, Fernando Madureira. E ainda estreou mais um jovem vencedor da Youth League, neste caso o sexto: o médio Vítor Ferreira.

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