A Cotovia, que durante 30 anos funcionou na Rua Nova da Trindade, do Chiado, vai mudar de sítio, “como tantos outros livreiros e alfarrabistas” já tiveram de fazer, lamentou a editora. A livraria, concebida por  Luís Borges da Gama (do atelier de arquitetura de Nuno Teotónio Pereira), que funciona no rés-do-chão do n.º 24, funcionará até 13 de março, encerrando definitivamente depois disso. A partir dessa data, os livros da Cotovia terão de ser comprados online ou noutras livrarias.

A editora foi fundada em 1988, pelos irmãos André e João Miguel Fernandes Jorge. Desde essa data que funciona no Chiado, num edifício de Raul Lino que, antes da Cotovia, albergou a Opinião, uma livraria de referência para os opositores do regime salazarista. Com um catálogo que vai da poesia ao ensaio, é uma das poucas editoras em Portugal a publicar regularmente textos dramáticos. Inclui também uma importante coleção de textos clássicos, no âmbito da qual foi editado recentemente as Bucólicas, de Vergílio, numa tradução de Gabriel A.F. Silva.

“Bucólicas”: um mundo de pastores eruditos idealizado por Vergílio

Em jeito de despedida, a Cotovia vai oferecer, de 17 de fevereiro a 13 de março, um desconto de 30% em todos os livros (exceto naqueles abrangidos pela Lei do Preço Fixo) ou de 40% na compra de mais de três. A promoção é válida apenas na livraria, que funciona de de segunda a sexta-feira, das 10h às 14h.

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