O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, disse esta quarta-feira que, até final de abril, a Linha de Sintra vai ter em circulação mais três comboios, que estão a ser recuperados na oficina de Guifões, Matosinhos.
Até ao final do mês vamos conseguir ter um comboio para acrescentar à linha de Sintra, no final de mês de março outro na linha de Sintra, no final do mês de abril outro na linha de Sintra”, anunciou o ministro, que falava na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, na Assembleia da República.
“Até ao final do ano nós vamos conseguir acrescentar à linha onde temos mais problemas oito comboios, que decorrem da estratégia que nós aprovámos há quase meio ano de recuperação do nosso material circulante”, acrescentou.
Pedro Nuno Santos adiantou ainda que já no próximo dia 1 de março entram em operação na Linha do Douro carruagens Schindler que foram também recuperadas na oficina de Guifões da EMEF – Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário.
A oficina de Guifões reabriu portas em 15 de janeiro, no âmbito do plano do Governo para reforçar o material circulante da CP recuperando comboios atualmente abandonados.
A reativação da oficina de Guifões foi anunciada no passado verão como parte do plano do Governo para recuperar comboios que tinham sido abandonados, até que chegue, em 2023, a encomenda de 22 novos comboios.
Em junho, o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, referiu um plano de investimento de 45 milhões de euros para recuperar cerca de 70 unidades de “material circulante encostado” e contratar 187 trabalhadores para CP e EMEF, entre 2019 e 2022.
Numa visita à oficina de Guifões em julho de 2019, o então recém-nomeado presidente da CP dizia esperar ter aquelas instalações em funções “praticamente a 100% no fim do ano” e, no verão de 2020, ter já alguns dos comboios recuperados ao serviço da linha do Douro.
Antecipando na altura que, num prazo de 18 meses, seriam recuperadas entre 15 a 22 composições em Guifões, Nuno Freitas disse que estas servirão para “reforçar a linha de Sintra”, as linhas que estão a ser eletrificadas, “nomeadamente Viana do Castelo” e a linha do Douro, o que “permitirá libertar material circulante para as linhas do Oeste, para Beja e eventualmente para o Algarve”.