Macau sofreu perdas históricas nas receitas do jogo em fevereiro, menos 87,8% em relação a igual período de 2019, num mês em que se fechou os casinos por 15 dias devido ao surto de Covid-19.
Os dados divulgados este domingo pela Direção de Inspeção e Coordenação de Jogos (DICJ) indicam também uma descida de quase 50% em relação à receita bruta acumulada este ano, depois de em janeiro se ter já registado uma queda de 11,3% em relação a igual período do ano passado na capital mundial do jogo.
Se em fevereiro de 2019 as operadoras que exploram o jogo no antigo território administrado por Portugal tinham arrecadado 25,37 mil milhões de patacas (2,87 mil milhões de euros), agora a receita bruta mensal ficou-se pelos 3,1 mil milhões de patacas (350 milhões de euros).
Até ao momento, Macau identificou 10 pessoas infetadas com o novo coronavírus, sendo que apenas dois pacientes continuam internados.
O primeiro caso do novo coronavírus identificado em Macau foi anunciado a 22 de janeiro, dias antes da semana de celebrações do Ano Novo Lunar, período que arrasta um fluxo de turistas ao território e para as mesas de jogo dos casinos, num território muito dependente do mercado chinês e que recebe anualmente quase 40 milhões de visitantes.
A epidemia de Covid-19, que teve origem na China, em dezembro de 2019, já infetou mais de 86 mil pessoas em 53 países de cinco continentes, das quais morreram quase três mil.
Na Europa, Itália é o país mais atingido pelo surto, com 17 mortos e 605 infetados.
A Organização Mundial de Saúde aumentou para muito elevado o nível de ameaça causado pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.
Além da China, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) registou 59 casos suspeitos de infeção, dois dos quais ainda em estudo na sexta-feira.
Os restantes 57 casos suspeitos não se confirmaram, após testes negativos.