Cerca de 25% dos professores (mais de seis mil) dos 4.º e 6.º escalões de rendimento da carreira docente vão progredir este ano para os escalões seguintes — precisamente os únicos patamares cuja entrada depende da abertura de vagas ou de determinados resultados na avaliação. Segundo o jornal Público, esta terça-feira é publicado em Diário da República um despacho conjunto dos ministérios da Educação e das Finanças que prevê estas progressões.
Segundo dados do Ministério da Educação, citados pelo Público, mais de 6.000 docentes vão progredir para o 5.º e 7.º escalões (4.000 e 2.000, respetivamente). Trata-se de um aumento de 43% face ao mesmo período de 2019. Quando entram no 5.º escalão, os docentes têm um aumento salarial de cerca de 80 euros mensais — ficam a ganhar um salário médio líquidos de 1.415 euros. No caso do 7.º escalão, a subida remuneratória é de 180 euros mensais, para 1.575 euros.
O acesso aos 5.º e 7.º escalões depende, porém, do número de vagas que sejam abertas pelo Governo, só que, no caso dos docentes que na avaliação de desempenho tenham Muito Bom ou Excelente a progressão é automática. Segundo o Público, a maioria dos professores que progride (cerca de 4.000) para estes escalões, este ano, obteve as notas duas notas máximas na avaliação.
Serão, ainda, abertas 1.852 vagas (852 para o 5.º escalão e 1.043 para o 7.º). É o maior número de vagas desde o descongelamento das carreiras, em 2018.