Em 2019, compradores estrangeiros, de 92 nacionalidades, adquiriram 1.630 imóveis residenciais na Área de Reabilitação Urbana de Lisboa (ARU), o que se traduziu num investimento de 744,3 milhões de euros, segundo o comunicado enviado às redações pela Confidencial Imobiliário, uma unidade de “market intelligence independente”. Os dados mencionados referem-se à aquisição feita por particulares.

Apesar de os compradores internacionais apresentarem, no ano que passou, uma quota de 35% no total de investimento em habitação por particulares da ARU de Lisboa — este que ascendeu a 2,11 mil milhões de euros —, no total do mercado o investimento recuou 12% devido à “perda de dinâmica” dos compradores nacionais (o volume transacionado reduziu 19% para 1,36 mil milhões de euros). Os portugueses adquiriram um total de 4.320 imóveis residenciais em 2019, de acordo com o comunicado já citado.

No mesmo comunicado lê-se que os compradores internacionais “geraram um investimento 7% acima dos 693,9 milhões de euros registados em 2018”, sendo que, em média, estes compradores investiram 457,2 mil euros por habitação em 2019, “um valor cerca de 45% acima dos 316,0 mil euros investidos pelos nacionais”.

Em 2019, os compradores internacionais representaram um total de 92 nacionalidades, comparando com as 80 no ano anterior. Ainda assim, cinco países concentram mais de metade no investimento internacional (53%): China (16,7%), França (15,9%), Brasil (9,7%), Reino Unido (6,0%) e Estados Unidos (4,5%).

As freguesias de Santo António e Santa Maria Maior são as mais procurados pelos compradores internacionais em termos de “destinos de investimento”, agregando, respetivamente, 17% e 16% do montante internacional aplicado na habitação. Já Misericórdia e Arroios são as outras freguesias com maior atratividade para o público internacional — ambas têm uma quota de 13%; Estrela recebe 9% do investimento internacional.

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