O festival contra a Covid-19 já arrancou. O movimento Global Citizen uniu esforços com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e lançou a iniciativa One World: Together at Home, um grande festival que reúne grandes nomes da música, como Lady Gaga, Billie Eilish ou Stevie Wonder, na luta mundial contra a Covid-19 e no apoio a doentes e profissionais de saúde.

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One World: Together at Home, o festival contra a Covid-19 que junta Lady Gaga Billie Eilish e Stevie Wonder

Milhões de dólares em máscaras e outros equipamentos de proteção foram enviados por fabricantes norte-americanos no início do ano — em janeiro e fevereiro — para a China, ato que foi encorajado pelo governo federal, segundo um artigo do The Washington Post, que analisou documentos internos do governo. “A medida ressalta o fracasso do governo Trump em reconhecer e preparar-se para a crescente ameaça de pandemia”, escreve o jornal.

Em apenas dois meses, o valor gasto em máscaras — exportado dos EUA rumo à China — cresceu de 1,4 milhões de dólares, valor referente a igual período do ano passado, para 17,6 milhões.

Na mesma conferência de imprensa, Donald Trump disse que um conjunto de estados norte-americanos já tinham anunciado “passos concretos” para diminuir de forma “segura e gradual” as restrições impostas. Nos estados do Texas e de Vermont alguns negócios vão ser retomados a 20 de abril, com Montana a levantar as restrições a 24 desse mês. Os negócios não essenciais nos estados de Ohio, Dakota do Norte e Idaho vão retomar de forma faseada a partir do dia 1 de maio, escreve a BBC.

Trump diz que Estados Unidos já passaram o pico da pandemia

Donald Trump reiterou uma alegação já antes feita de que a administração anterior dos EUA deixou o país com um stock de ventiladores diminuído. “Os nossos armários estavam vazios”, disse este sábado numa conferência de imprensa. Trump assegurou que, entretanto, o governo “carregou” hospitais.

“Demos mil milhões de dólares em coisas para hospitais”, afirmou Donald Trump. “Nós enchemos hospitais, o governo federal encheu hospitais com coisas para cuidar de pessoas que estão desesperadamente doentes”.

“Mas doamos mil milhões e mil milhões e mil milhões de dólares em produtos médicos, remédios e equipamentos para hospitais. (…) Mas as pessoas não gostam de falar sobre isso.”

Um homem foi detido pela PSP após ter agredido uma socorrista da Cruz Vermelha Portuguesa que se deslocou a uma residência na Amadora devido a um caso suspeito de covid-19, disse à Lusa fonte policial. Segundo a mesma fonte, a situação ocorreu ao final da tarde de quinta-feira, num apartamento na freguesia da Encosta do Sol, concelho da Amadora, no distrito de Lisboa.

Homem agride socorrista da Cruz Vermelha na Amadora

Um total de 230 reclusos testaram positivo para a Covid-19 numa prisão no estado do Arkansas, nos Estado Unidos.

O governador Asa Hutchinson afirmou que o estado pode começar a distinguir o número de casos associados à prisão do número geral registados no Arkansas. Ainda nenhum membro do staff deu positivo, escreve a CNN.

A Turquia ultrapassou o Irão e é agora o país do Médio Oriente com mais casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus. Tem um total de 82,329 casos positivos. Só nas últimas 24 horas foram confirmados 3,783 novos casos. O país regista um total de 1,890 mortes.

O primeiro-ministro israelita anunciou planos para começar a diminuir as restrições impostas, na sequência da pandemia, já a partir de domingo, escreve a CNN. As medidas ainda carecem de aprovação governamental, a qual é esperada chegar ainda no sábado.

Trabalhos industriais e tecnológicos e algumas lojas vão abrir ao público mediante determinadas restrições: a temperatura dos funcionário tem de ser tirada à chegada e haverá um número limite de pessoas por divisão — serão requeridos dois metros de distância entre cada pessoa.

Se qualquer funcionário testar positivo para o novo coronavírus, o local de trabalho será forçado a encerrar até nota em contrário — a permissão de reabertura cabe exclusivamente ao ministério da Saúde. Pessoas com mais de 67 anos, ou com doenças já existentes, não devem voltar ao trabalho.

As escolas e as universidades vão permanecer encerradas, à exceção daquelas que providenciam necessidades especiais de educação. Também as praias e os parques vão continuar encerrados ao público, bem como shoppings e restaurantes. A oração ao ar livre é permitida em grupos de até 10 pessoas, desde que haja uma distância de dois metros entre cada pessoa.

Um consórcio formado por cinco instituições científicas portuguesas desenvolveu um teste serológico a usar na população portuguesa. De acordo com o jornal Público, o protótipo já foi utilizado em testes em dezenas de amostras de sangue de pessoas que tiveram covid-19, tendo sido igualmente testado o sangue que tinha sido recolhido antes da infeção pelo vírus.

“Até ao final desta semana, esperamos ter analisado 100 amostras para ter o teste validado”, adianta ao jornal o imunologista Bruno Silva-Santos, vice-director do IMM.

O consórcio Serology4Covid integra o Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), o Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Universidade de Lisboa, o Centro de Estudos de Doenças Crónicas (Cedoc) da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, o Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB) da Universidade Nova de Lisboa e o Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (IBET).

Angola vai efetuar um voo de repatriamento de quase 300 cidadãos que se encontram numa “situação difícil” em Cuba, anunciou a ministra angolana da Saúde, Sílvia Lutucuta. Na conferência de imprensa diária para fazer o ponto de situação sobre a pandemia de covid-19, a ministra salientou que o Governo está preocupado “com os angolanos que se encontram em toda a parte do mundo e tem dado atenção aos angolanos que estão no exterior”

Por isso, “será feito um voo humanitário” para Cuba, onde se encontram 283 angolanos “numa situação difícil”. Segundo a agência de notícias angolana, ANGOP, o voo da transportadora aérea angolana será realizado no domingo, dia 19 de abril.

“Estão lá há muito tempo e como já há circulação comunitária do vírus fica difícil dar assistência à distância”, justificou. A ministra afirmou que o Governo tomou a decisão de ir buscar estes angolanos que estavam em tratamento médico e ficaram sem condições financeiras para continuar, bem como condições assistenciais.

“Cuba também precisa das suas infraestruturas”, sublinhou Sílvia Lutucuta, indicando que os cidadãos que regressem vão fazer quarentena institucional e terão de assinar um termo de compromisso relativo ao cumprimento do isolamento. A ANGOP refere que, em março, foram “resgatados” outros cidadãos da África do Sul e de Portugal.

Lusa

Quatro crianças, com idades entre os 4 e os 10 anos, do Centro de Acolhimento Temporário Renascer, em Santo Tirso, acusaram positivo nos testes de despistagem da covid-19 e foram hoje transferidas para a Delegação da Cruz Vermelha local.

A Câmara de Santo Tirso, em articulação com a autoridade de saúde local, a Segurança Social, a Proteção Civil e a instituição, coordenou a transferência do centro gerido pela Associação de Solidariedade e Ação Social de Santo Tirso para o centro infantil, informou a autarquia em comunicado.

A decisão de retirar as quatro crianças do centro de acolhimento “foi hoje tomada pela autoridade de saúde local, em resposta aos rastreios positivos confirmados pelos testes realizados a todos os utentes e funcionários daquela estrutura residencial da ASAS”, acrescenta a nota de imprensa.

Das 20 crianças atualmente institucionalizadas naquele centro, “quatro tiveram resultados positivos ao teste, 15 deram negativo e uma foi inconclusivo”, acrescenta a comunicação da autarquia, que informa ainda que “também os 25 funcionários daquela estrutura foram rastreados, sendo que 23 deram negativo e dois esperam ainda o resultado do teste”.

Os testes em causa foram realizados na sexta-feira, “tendo as quatros crianças sido transferidas para o Centro Infantil da Cruz Vermelha, uma estrutura que está temporariamente fechada”, esclareceu o presidente da câmara, Alberto Costa, citado no documento.

Garantindo que o processo de transferência das crianças seguiu “as normas e recomendações da Direção-Geral da Saúde para situações de emergência”, o autarca informou que “as crianças encontram-se bem” e que “irão ser acompanhadas diariamente pela autoridade de saúde e pela instituição”.

O Centro de Acolhimento Temporário Renascer irá “manter-se em funcionamento, por orientação da autoridade de saúde local, havendo apenas lugar à higienização daquela estrutura que acolhe crianças em situação de risco”.

Agência Lusa

Mais dois presidentes de câmaras de concelhos com grandes praias reagiram, em declarações à Rádio Observador, ao anúncio feito pelo primeiro-ministro de que irá haver restrições no acesso aos areais.

Walter Chicharro, presidente da Câmara da Nazaré, admite repensar a implantação das barracas na praia, para não ficarem tão próximas e garantir as regras de distância social. Mas já falou com o capitão do porto e concluiu que “só com colaboração” dos veraneantes é que conseguirá manter essas restrições no acesso ao areal, quando começar a “corrida à praia”.

Pode ouvir aqui as declarações do autarca da Nazaré.

Limitar ajuntamentos na praia? “Sem colaboração das pessoas não conseguimos”, diz autarca da Nazaré

Já Aires Pereira, presidente da Câmara da Póvoa de Varzim, diz que o primeiro-ministro “tem a faca e o queijo na mão”. Defende que devem ser dadas instruções à Agência Portuguesa do Ambiente, para limitar a lotação de cada praia. Admite depois o envolvimento da Polícia Marítima e dos Fuzileiros, para ajudar a garantir que essas restrições sejam mantidas. Pode ouvir aqui as declações do autarca à Rádio Observador.

Restrições nas praias. “Primeiro-ministro tem a faca e o queijo na mão”, diz autarca da Póvoa de Varzim

(com João Alexandre)

A pandemia causada pelo novo coronavírus já provocou mais de 100 mil mortes na Europa, perto de dois terços dos óbitos associados à covid-19 em todo o mundo, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais. Este número equivale a quase toda a população da cidade de Setúbal.

Com um total de 100.501 mortes (para 1.136.672 casos), a Europa é o continente mais duramente afetado pela pandemia de covid-19, que já matou 157.163 pessoas no mundo. A Itália (23.227 mortes) e a Espanha (20.043) são os países mais atingidos na Europa, seguindo-se a França (19.323) e o Reino Unido (15.464), refere o balanço da Agência France Presse (AFP) feito às 19:00 (hora de Lisboa). No entanto, os Estados Unidos são o país com mais óbitos, mais de 38 mil.

A pandemia causada pelo novo coronavírus já ultrapassou os 157 mil mortos e infetou quase 2,3 milhões de pessoas em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP, às 19:00 de hoje, baseado em dados oficiais.

De acordo com os números recolhidos pela agência noticiosa francesa, estavam contabilizados pelo menos 157.539 óbitos e 2.289.500 casos de infeção em 193 países e territórios desde o início da epidemia do SARS-CoV-2, detetada em dezembro, na China. No entanto, a AFP realça que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do número real de infeções, uma vez que muitos países testam apenas os casos que requerem cuidados hospitalares. Destes casos, pelo menos 502.600 são agora considerados curados.

Desde a contagem de sexta-feira registaram-se 7.613 mortes e 85.045 novos casos em todo o mundo.

Os países que registaram mais mortes novas nas últimas 24 horas são os Estados Unidos da América, com 3.084 novas mortes, o Reino Unido (888) e a França (642).

Em todo o mundo foram registados pelo menos 2.281.334 casos de covid-19, o que não reflete o número real de contaminações, uma vez que muitos países estão a testar apenas os casos graves.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Lusa

As autoridades detiveram 184 pessoas pelo crime de desobediência durante o segundo estado de emergência no país, que vigorou entre 3 e 17 de abril, devido à pandemia de covid-19, adiantou o Ministério da Administração Interna (MAI).

O número resultante da fiscalização da Polícia de Segurança Pública (PSP) e da Guarda Nacional Republicana (GNR) evidencia um aumento das detenções face ao primeiro período de Estado de Emergência, entre 22 de março e 02 de abril, no qual foram detidas 108 pessoas pelo crime de desobediência.

De acordo com a nota divulgada pelo MAI, 80 detenções deveram-se a desobediência ao dever geral de recolhimento obrigatório, 44 por faltar à obrigação de confinamento obrigatório, 20 por violação da cerca sanitária de Ovar, 19 por desobediência ao encerramento de estabelecimentos, 10 por resistência, nove por incumprimento da interdição de circulação fora do concelho na Páscoa, uma por desobediência às regras de funcionamento do comércio a retalho e outra por violar as regras de funcionamento na prestação de serviços.

O MAI, que insistiu no “cumprimento rigoroso das medidas”, salientou ainda terem sido encerrados 432 estabelecimentos por incumprimento das normas na vigência deste último estado de emergência, muito abaixo dos 1.708 fechados pelas autoridades no primeiro período decretado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que, entretanto, formalizou a prorrogação do período de emergência até 02 de maio.

Lusa

O Governo da Madeira determinou este sábado o estabelecimento de uma cerca sanitária na freguesia de Câmara de Lobos, a partir das 00:00 de domingo, para combater a propagação da covid-19, anunciou o líder do executivo regional. A cerca sanitária naquela freguesia, no concelho com o mesmo nome, vai estender-se por um período de 15 dias.

Covid-19: Governo da Madeira determina cerca sanitária na freguesia de Câmara de Lobos

A decisão foi tomada depois de se registarem 10 novos casos positivos no concelho, enquanto outras 40 pessoas aguardam os resultados dos respetivos exames laboratoriais. “A freguesia de Câmara de Lobos encontra-se em situação epidemiológica potencial de transmissão local avançada, com elevado risco de surgimento de cadeias de transmissão, quer a nível local, quer a nível regional”, afirmou.

O estado de Nova Iorque registou o menor número de mortos em duas semanas, anunciou este sábado o governador Andrew Cuomo. Nas últimas 24 horas morreram 540 pessoas naquele estado norte-americano, disse Cuomo que estendeu as medidas de confinamento até ao dia 15 de maio. No dia anterior tinham sido 630 as mortes, o que na perspetiva do governador pode significar que os números estão a começar a baixar. Ainda assim, cerca de 2.000 pessoas foram internadas em hospitais da cidade com sintomas do Covid-19 nas últimas 24 horas, lê-se no The New York Times.

Sánchez admitiu que no domingo vai transmitir aos presidentes das comunidades autónomas a proposta do governo em alargar o estado de emergência por mais 15 dias, até ao dia 9 de maio.

Segundo as recomendações dos especialistas, o governo vai aliviar as regras do confinamento de menores, o qual poderá vir a ser alterado a partir de 27 de abril, uma medida que também será transmitida este domingo aos representantes regionais.

A partir do dia 11 de maio o país vai proceder ao alívio das regras de confinamento de forma “cautelosa e progressiva”. Para isso acontecer, Sánchez admitiu que vai guiar-se por um conjunto de marcadores que vão alertar para o nível de disseminação do vírus no país e para a capacidade do sistema de saúde, de modo a “saber qual é o grau de evolução da pandemia em cada território.”

“A Europa somos todos nós e agora é a hora de demonstrá-lo”

“Quando sairmos outra vez à rua vamos encontrar os danos económicos e sociais desta pandemia”, disse ainda Sánchez, para depois pedir a união de forças de maneira a alcançar uma reconstrução económica e social. “Propus alguns pactos de reconstrução que deveriam unir os critérios das forças políticas para definir as principais linhas de reconstrução social e política nos próximos anos.” Pactos que, segundo o El País, devem estender-se às comunidades, municípios e agentes sociais.

“Só há um caminho: o do diálogo, do consenso e da união”, referiu ainda o chefe do Governo espanhol, referindo que os acordos em questão devem ter em conta quatro tópicos: reconstruir e reforçar o sistema de saúde; relançar o tecido empresarial e a criação de emprego, optar por medidas de proteção social e por uma “posição comum” na negociação com a União Europeia. “Não há futuro sem solidariedade, não há futuro sem união”, disse Sánchez, que afirmou de seguida: “A Europa somos todos nós e agora é a hora de demonstrá-lo”.

Pedro Sánchez, o presidente de Governo de Espanha, falou este sábado à nação. Sánchez começou por falar nas últimas semanas “que parecem eternas” e comentou como o vírus deixou um “rasto de dor” e levou ao limite a resistência do serviço nacional de saúde de Espanha, um sistema que, ainda assim, “conseguiu resistir”. Sánchez assegurou que cerca de 42% dos doentes diagnosticados já tiveram alta.

“Graças à disciplina social salvamos dezenas e dezenas de milhares de vida.”