No início do mês o Jardim Zoológico do Bronx, em Nova Iorque, deu uma má notícia à cidade e depois ao Mundo: um dos seus tigres estava infetado com o novo coronavírus. Era, aliás, o primeiro caso de infeção de um animal nos Estados Unidos.

O primeiro caso foi o de uma tigre malaia fêmea, de 4 anos. A irmã da tigresa, chamada Azul, outros dois tigres siberianos e três leões africanos desenvolveram então uma tosse seca persistente. Estavam à espera do resultado das análises.

Covid-19 alastra no Jardim Zoológico do Bronx. Já há 5 tigres e 3 leões infetados

Nesta quarta-feira, confirmou-se algo ainda pior. O surto está a alastrar-se no Zoo do Bronx, onde agora são já cinco os tigres infetado, bem como três leões. Os funcionários do espaço informaram esta quarta-feira que outros quatro tigres e três leões africanos testaram mesmo positivo para o novo vírus. O teste foi feito recorrendo a uma amostra fecal para que os animais não tivessem de ser anestesiados, como teve de acontecer com a tigresa malaia.

Ainda no briefing da Casa Branca, fala Anthony Fauci, o principal especialista em doenças infecciosas dos EUA. E, mais uma vez, a sua opinião é diferente da do presidente.

Fauci acredita que “haverá vírus no outono”, mas o país estará “muito, muito mais preparado” para lidar com a pandemia “comparando com o que aconteceu neste inverno”.

“Acabei de assiná-la antes de entrar na sala.” Foi assim que Donald Trump anunciou aos jornalistas na Casa Branca que já assinou a ordem executiva que suspende temporariamente a imigração no país durante 60 dias, medida que já tinha sido anunciada.

“Isso garantirá que os americanos desempregados, de todas as origens, serão os primeiros da fila para empregos quando a nossa economia reabrir”, disse Trump. “Quanto a fazer-lhe emendas ou prolongá-la no tempo, veremos no momento apropriado.”

Suspensão da imigração nos EUA vai vigorar durante 60 dias

Ainda durante o briefing diário, o presidente norte-americano passa a palavra à responsável por coordenar a resposta da Casa Branca ao surto de Covid-19, perguntando-lhe se há uma boa hipótese de não haver uma segunda vaga do vírus. “Não sabemos”, responde Deborah Birx, acrescentando que, se voltar, o país estará mais preparado para o detetar mais cedo.

“Penso que o CDC implementou hoje aquilo que vamos precisar no outono” para manter a propagação do vírus controlada, explicou. “Também esperamos que os números da gripe diminuam porque estamos todos muito mais conscientes sobre doenças respiratórias e de como as evitar.”

Já Trump garante que se o vírus voltar, não voltará da mesma forma, “voltará em doses mais pequenas que podemos conter”, podendo até “não voltar de todo”.

Mal citado. Foi assim que no seu briefing diário sobre a pandemia, Donal Trump se referiu às declarações do diretor do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças). Numa entrevista ao The Washington Post, Robert Redfield afirmou que uma segunda onda nos EUA poderá ser ainda mais devastadora.

No entanto, quando os jornalistas perguntam a Redfield se ele foi mal citado, o diretor do CDC responde que não. “Parece-me melhor sublinhar o que não disse: não disse que seria pior. Disse que seria mais difícil e potencialmente mais complicado porque haverá gripe e coronavírus a circular ao mesmo tempo.”

Dez hospitais norte-americanos reportaram que 20 a 40% dos doentes nos cuidados intensivos sofrem uma coagulação do sangue que normalmente conduz à morte. Há casos semelhantes em Portugal, mas os médicos não estranham este quadro clínico: é comum nos casos muito graves de infeção e já foi encontrado noutras doenças. Leia aqui.

EUA estranha coagulação do sangue em casos graves da Covid-19. Especialista português explica

Portugal vai começar em maio os ensaios clínicos para estudar a hipótese de usar o plasma de doentes recuperados da Covid-19 nos casos mais críticos. Embora seja essencialmente composto por água, o plasma contém também as proteínas, hormonas, minerais e nutrientes que circulam no sangue… e anticorpos contra o novo coronavírus. Pedro Madureira, investigador do i3s, explica ao Observador o que deve saber sobre esta terapêutica.

Portugal testa plasma contra a Covid-19 já em maio. Como funciona e que resultados deu lá fora?

No bairro da Mouraria, em Lisboa, há cerca de 20 pessoas infetadas pertencentes a uma comunidade do Bangladesh. O embaixador do país em Portugal diz que números podem ser superiores. Leia aqui.

Comunidade do Bangladesh tem cerca 20 infetados em bairro lisboeta

O Lar de Comércio, no concelho de Matosinhos, disse esta quarta-feira que mais dois utentes contaminados morreram, passando para um total de cinco, mas adiantou que permanecem dúvidas quanto às causas da sua morte, dado sofrerem de outras patologias graves.

No entanto, a 1 de abril, a Direção Geral de Saúde esclareceu que Portugal está a registar os óbitos com Covid e não apenas os por Covid. “Se um médico escreveu no certificado de óbito que o evento terminal foi Covid, então é assim que esse óbito é contabilizado”, afirmou Graça Freitas em conferência de imprensa.

Na terça-feira, questionado pela Lusa, aquele lar da terceira idade adiantava que desde que havia sido detetado o primeiro caso, a 12 de abril, registavam-se três mortes e 26 utentes infetados. Leia aqui.

Mais 2 mortes no Lar do Comércio em Matosinhos

A Madeira não registou casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, situação que ocorre pelo segundo dia consecutivo, mantendo-se com 85 infetados no arquipélago, 20 dos quais já recuperaram, informou esta quarta-feira o Instituto de Administração da Saúde (IASAÚDE).

“Hoje temos mais sete casos recuperados”, disse Bruna Gouveia, vice-presidente do IASAÚDE, em videoconferência, no Funchal, indicando que, no total, 20 doentes já estão curados. Dos 65 casos que se mantém ativos, apenas três doentes estão hospitalizados e mantêm o seu estado: um permanece na unidade de cuidados intensivos e dois na unidade de internamento geral dedicada à Covid-19, no Hospital Central do Funchal.

Agência Lusa

São Paulo, o estado mais atingido pelo novo coronavírus no Brasil, prevê começar a reabrir gradualmente a sua economia a partir de 11 de maio, anunciou esta quarta-feira o governador, embora sem detalhar quais serão as medidas. Leia aqui.

Estado com mais casos no Brasil começa a reabrir economia a 11 de maio

A pandemia do novo coronavírus já matou 181.234 pessoas e infetou mais de 2,6 milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP, baseado em dados oficiais dos países.

Mortes no mundo ultrapassam barreira dos 180 mil entre mais de 2,6 milhões de infetados

De acordo com os dados recolhidos pela agência noticiosa francesa, até às 19h GMT (20h de Lisboa) de esta quarta-feira, 2.602.670 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados em 193 países e territórios desde o início da epidemia, em dezembro passado na província chinesa de Wuhan.

Contudo, a AFP alerta que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do total real de infeções, já que um grande número de países está a testar apenas os casos que requerem tratamento hospitalar. Entre esses casos, pelo menos 593.800 são esta quarta-feira considerados curados.

O ventilador do astrofísico britânico Stephen Hawking foi doado ao Royal Papworth Hospital de Cambridge para poder salvar vidas durante a pandemia de Covid-19. A escolha da família recaiu sobre a instituição que recebeu e tratou Hawking, no Reino Unido, e onde o cientista teve um apoio médico “brilhante, dedicado e compassivo” até à sua morte, em 2018, com 76 anos

As declarações são de Lucy Hawking, filha do astrofísico, à revista Variety. Se Stephen Hawking fosse vivo, argumentou, “estaria na linha de frente” do combate à doença.

O parlamento espanhol, numa votação feita maioritariamente feita a partir de casa, aprovou o prolongamento do estado de emergência até 9 de maio.

Pedro Sánchez defendeu ser “essencial” a continuação do estado de emergência em vigor desde 15 de março no país. Para o primeiro-ministro espanhol o levantamento “lento e gradual” das medidas adotadas para combater a pandemia só deverá ser iniciado a partir da segunda quinzena de maio. Até lá, disse, devem evitar-se passos em falso.

O Brasil registou mais 165 novas mortes nas últimas 24 horas, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde e citados pela Folha de S.Paulo. O total de vítimas mortais neste país é de 2.906.

Há também já 45.757 casos de infeção do novo coronavírus em todo o país — mais 2.678 contaminações do que no dia anterior.

Angola elevou para 25 o número total de doentes por Covid-19 identificados no país, após o registo de um novo caso de infeção, relativo a uma médica cubana, anunciou esta quarta-feira a ministra da Saúde, Silvia Lutucuta.

Segundo a ministra e porta-voz da comissão multissetorial de prevenção e combate à pandemia de Covid-19, o caso positivo mais recente é de uma cidadã cubana de 57 anos, que chegou a Luanda no dia 10 de abril, integrada na equipa médica cubana que veio apoiar o governo angolano. Leia aqui.

Angola regista 25 casos, doente mais recente é médica vinda de Cuba

A Câmara de Vila Real anunciou esta quarta-feira que deram negativo todos os 271 testes à Covid-19 realizados aos utentes de sete estruturas residenciais para idosos e ainda da Associação de Paralisia Cerebral.

Preocupada com “a demora” das instituições de ensino superior e a Segurança Social em operacionalizar a realização de testes, a Câmara de Vila Real decidiu avançar, na semana passada, com um rastreio em todas estruturas residenciais do concelho com protocolos estabelecidos com a Segurança Social. Leia aqui.

Testes a utentes dos lares de Vila Real deram todos negativo

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, afirmou que o novo coronavírus tem sido usado para implantar o comunismo no mundo e também criticou a atuação da Organização Mundial da Saúde (OMS) no combate à pandemia.

A análise foi publicada na terça-feira à noite num texto chamado “Chegou o comunavírus”, num blogue pessoal mantido por Araújo, que também usou a sua conta oficial na rede social Twitter para divulgar o conteúdo.

No texto, o chefe da diplomacia brasileira faz uma análise do livro “O Vírus” escrito pelo esloveno SlavojZizekpara afirmar que o globalismo substituiu o socialismo como estágio preparatório para o comunismo e que a “pandemia do coronavírus representa, para ele, uma imensa oportunidade de construir uma ordem mundial sem nações e sem liberdade”.

Leia aqui.

Ministro brasileiro diz que pandemia é usada para implantar o comunismo e ataca OMS