Foi a 14 de maio de 2000, faz esta quinta-feira exatamente duas décadas, que o Sporting quebrou aquele que era o seu maior jejum da história sem ganhar o Campeonato. A festa ainda foi adiada por uma semana após a derrota no dérbi em Alvalade mas a goleada por 4-0 na segunda parte do encontro em Vidal Pinheiro frente ao Salgueiros foi o arranque de uma festa que ainda continuava a altas horas da madrugada, quando a equipa chegou a Lisboa mas o excesso nas celebrações e uma invasão prematura de campo terminou de forma abrupta o desfile dos jogadores. Antes da pandemia, a 18 pontos do primeiro classificado FC Porto e a 17 do segundo, Benfica, tudo apontava para que essa barreira negativa fosse ultrapassada e foi neste dia em específico que os responsáveis leoninos decidiram tornar público um “programa eleitoral” para os últimos dois anos de mandato de Frederico Varandas.

Com o nome “Regresso ao Futuro, Visão Estratégia 2020-2022”, o documento começa por definir numa espécie de preâmbulo os quatro grandes pilares do plano estratégico: pessoas, na perspetiva de captar, reter e desenvolver os melhores talentos; estrutura, com o melhoramento de instalações e tecnologia; sistemas de suporte, que possam dotar o clube de outras ferramentas; e interação com o sócio, melhorando a experiência dos mesmos.

“Este caminho, iniciado em setembro de 2018, não permite recurso a atalhos, sob pena de comprometer a correta construção das bases que permitem o seu desenvolvimento, de forma sustentável e sustentada. É também fundamental a gestão de expetativas, sobretudo no âmbito desportivo, de forma a que as recentes vitórias no futebol e modalidades (2 taças e 8 títulos europeus, respectivamente) não gerem a crença de que a pesada herança, estrutural e conjuntural, já foi ultrapassada”, defende, colocando o regresso à Liga dos Campeões como um dos pontos de maior importância mas “sustentado num modelo que não comprometa o futuro do clube e que persistirá na racionalização de custos e otimização de investimentos”, como acrescenta.

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