A uma semana das eleições à presidência do F. C. Porto, Pinto da Costa afirma que, se Rui Moreira se tivesse candidatado, ele não avançava. Em entrevista ao Jornal de Notícias, publicada este domingo, o homem que é presidente do Dragão há quase 40 anos garante que as duas coisas são igualmente importantes, ou seja, ser presidente da Câmara do Porto e do F. C. Porto: “Julgo que ser presidente das duas instituições lhe daria igual prazer, como a mim me daria”.

 Se o Rui Moreira se tivesse candidatado, embora ele me tenha dito que não o faria, e que eu devia continuar neste período difícil, merecia o meu apoio e eu não avançava, não me teria candidatado. O passado e presente e o amor que tem à cidade e ao F. C. Porto falam por si”, diz Pinto da Costa em entrevista.

Assumindo que um mau resultado seria não ser escolhido nas próximas eleições que se aproximam a passos largos, Pinto da Costa lamenta ainda não terem aparecido candidatos “com história e passado no clube”. Aí, “poderia, eventualmente, não me recandidatar”. Fá-lo, diz, para não fugir às suas responsabilidades numa altura crítica como esta, em que a pandemia está a impactar financeiramente a instituição em “muitos milhões”, um valor ainda “incalculável”. “Não me candidatar numa altura destas seria fugir à responsabilidade.”

Sobre a SAD, garante que esta não é a altura de “entregar o leme a gente nova”, embora sentisse necessidade de integrar “sangue novo”: “Daí ter convidado o Vítor Baía, o Paulo Mendes e o José Américo Amorim, que com novas ideias vêm para ajudar”. E sobre Sérgio Conceição deixa uma garantia: “Será o meu treinador enquanto eu aqui estiver.” O Porto seguia na frente quando o campeonato foi interrompido, com um ponto de vantagem sobre o Benfica.

Dada a imprevisibilidade dos contágios, numa altura em que o campeonato de futebol está prestes a retomar, a 3 de junho, Pinto da Costa diz que as regras não são claras e que devia “ser definido o que terá de acontecer se, depois de o campeonato recomeçar, tiver de ser interrompido depois”. Uma ambiguidade que, diz, “não favorece o F.C.Porto”. “O F. C. Porto já levantou esse problema. Mas há uma grande luta de poderes entre a Federação e a Liga e os clubes estão a ser vítimas disso.”

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