Ninguém disputa que, sem uma rede de recarga abrangente para abastecer os veículos eléctricos a bateria, os potenciais clientes vão sempre pensar duas vezes antes de optar por esta tecnologia, que consiste em alimentar os motores com electricidade em vez de com combustíveis fósseis. Os diferentes Estados europeus distribuem milhões de euros para incrementar o número de postos de carga disponíveis, da mesma forma que há construtores que investem, uns claramente mais do que outros, em redes próprias, ou com vantagens para os clientes da marca, para garantirem um serviço vantajoso.

A Alemanha fez isto tudo, mas decidiu ir mais longe. Consciente de que os condutores estão habituados a recorrer às tradicionais bombas de combustível para abastecer os seus veículos, o Governo germânico achou que fazia todo o sentido que os locais a que os condutores acedem há anos, em busca de combustíveis fósseis, lhes servissem igualmente para recarregar as baterias.

A associação alemã para a energia e a água na indústria, a BDEW, concluiu que hoje existem 28.000 estações de recarga para veículos eléctricos, com inúmeros pontos de carga cada, mas serão necessárias 70.000 estações, mais 7000 exclusivamente de carga rápida, para satisfazer o número de veículos que vão chegar ao mercado nos próximos dois a três anos.

Tal como já acontece no nosso país, as bombas de combustível são os locais ideais para receber postos de carga rápida, que possam recarregar as baterias em 20 a 30 minutos, sobretudo se estiverem localizadas nas auto-estradas ou nas estradas mais movimentadas. E, com os preços a que a electricidade é vendida, nem será necessário os governos fazerem muita força para impor a sua aceitação, pois as margens de lucro deverão estar garantidas.

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