O presidente do Conselho de Administração Executivo da EDP, com funções suspensas, António Mexia, subscreveu 7.738 ações, num investimento de 24.535 euros, no aumento de capital de mais de mil milhões de euros do grupo.
Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a EDP informa esta terça-feira que António Mexia, com funções suspensas desde 6 de julho, optou pelo exercício dos direitos de subscrição no aumento de capital do grupo energético.
Além de António Mexia que adquiriu 7.738 ações por um preço médio ponderado de 3,30 euros, num total de 25.535,40 euros, informa que também a sua mãe – Maria da Graça Mexia – subscreveu 184 ações em 31 de julho, por 607,2 euros.
No passado dia 15 de julho, a EDP anunciou um aumento de capital em mais de mil milhões de euros para financiar a compra da espanhola Viesgo, segundo comunicação à CMVM.
A transação da Viesgo será parcialmente financiada através de uma oferta pública de subscrição de 1.020 milhões de euros, um aumento de capital social com subscrição totalmente garantida até um máximo de 309.143.297 novas ações da EDP, representativas de um total de aproximadamente 8,45% do capital social da EDP, com subscrição reservada a acionistas no exercício dos seus direitos de preferência e outros investidores que adquiram direitos de subscrição”, de acordo com informação remetida então ao mercado.
António Mexia encontra-se suspenso de funções na EDP, desde que, em 6 de julho, o juiz Carlos Alexandre decidiu esta medida de coação no processo que investiga os procedimentos relativos à introdução no setor elétrico nacional dos Custos para Manutenção do Equilíbrio Contratual.
O processo das rendas excessivas da EDP está há cerca de oito anos a ser investigado pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal.
Entretanto, Miguel Stilwell de Andrade foi nomeado presidente interino do Conselho de Administração Executivo da empresa.