Uma das principais figuras do movimento pró-democracia em Hong Kong, Agnes Chow, foi esta segunda-feira presa, juntamente com outras nove pessoas, no âmbito da nova lei da segurança, imposta em junho por Pequim no território semiautónomo, anunciou fonte policial.

“Agora está confirmado que Agnes Chow foi presa sob a acusação de ‘incitar a secessão’ sob a Lei de Segurança Nacional”, lê-se, por seu lado, na conta da ativista na rede social Facebook.

https://www.facebook.com/agneschowting/posts/1755819347892022?__xts__[0]=68.ARAMECpL_rt9n3I3AHzpGssozMTwo7YzFoHNfX5R2FygtzcezfCvSA3bIue9RCUz-X0UB7HNG0-Cs5qgyirztjlsjJ5IklXjlQEIrJ_qBamrFOeyCfnjUOEtAAqje77ElmyDUhQSqJAsoGbBMtD9YDaqWbeLxdBaSOB9T_6b2XLlAnOtWPIRZEV78Jn6zTRWteGZL28gssi3NqTR_GEuQBMKFdC92m3y1HnBMpKTwIoR3-PydVPMjaIwQo2hMQ6ltvFRH6MPtVNl5FQgoN83i0j61zpir4atlDGBuwaRwhGBnisM8bwswW-ZJ3zoFFlHqTXZffh9psEiH9PAna5fJLvPOA&__tn__=-R

A detenção de Agnes Chow ocorreu no mesmo dia que a polícia deteve o magnata Jimmy Lai, empresário e proprietário do Next Media, grupo de comunicação social de Hong Kong.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Detido proprietário de jornal de Hong Kong por conluio com forças estrangeiras

A lei da segurança nacional criminaliza atos secessionistas, subversivos e terroristas, bem como o conluio com forças estrangeiras para intervir nos assuntos da cidade.

O documento entrou em vigor em 30 de junho, após repetidas advertências do Governo de Pequim contra a dissidência em Hong Kong, abalado em 2019 por sete meses de manifestações em defesa de reformas democráticas e quase sempre marcadas por confrontos com a polícia, que levaram à detenção de mais de nove mil pessoas.

Hong Kong regressou à soberania da China em 1997, com um acordo que garante ao território 50 anos de autonomia a nível executivo, legislativo e judicial, bem como liberdades desconhecidas no resto do país, ao abrigo do princípio “um país, dois sistemas”, também aplicado em Macau, sob administração chinesa desde 1999.