O número de desempregados inscritos nos centros de emprego aumentou 37% em julho face ao mesmo mês do ano passado, para um total de 407.302. Face ao mês anterior a subida foi de 0,2%, um ligeiro aumento depois de, em junho, se ter registado um recuo em relação a maio.
Para o aumento do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2019, contribuíram “todos os grupos do ficheiro de desempregados, com destaque para as mulheres, os adultos com idades iguais ou superiores a 25 anos, os inscritos há menos de um ano, os que procuravam novo emprego e os que possuem como habilitação escolar o secundário”, refere o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
A nível regional, o desemprego aumentou “na generalidade das regiões”, exceto na região autónoma dos Açores. A subida percentual mais acentuada deu-se no Algarve — foi de 216,1% face a igual mês de 2019, o que equivale a mais 15.621 desempregados. Segue-se Lisboa e Vale do Tejo, com um aumento de 51,6% (mais 46.036) e o Alentejo, que viu o número de inscritos nos centros de emprego subir 28,9% (mais 4.039). A região centro teve uma subida de 26,2% (mais 10.641 desempregados) e o norte registou um crescimento de 24,5% (mais 30.421 inscritos).
Alojamento e restauração é a atividade que mais vê o desemprego subir face a 2019. Mas recupera em relação a junho
Em termos percentuais, a atividade do “alojamento, restauração e similares”, uma das mais afetadas pela pandemia, foi a que viu o desemprego mais subir em julho face ao mesmo mês do ano passado — uma subida de 96,7%, ou seja, mais 20.714 desempregados inscritos nos centros de emprego. No entanto, face a junho, houve uma recuperação — o número de inscritos nesta atividade caiu 3,5%.
Entre as que viram o desemprego agravar-se mais em julho face ao mesmo mês de 2019 estão ainda as atividades de “transportes e armazenagem” (mais 70,6%) e “indústria do couro e dos produtos do couro” (mais 61,8%).
Já o desemprego jovem subiu 58% face julho de 2019, mas recuou 0,3% em relação a junho.
As ofertas de emprego por satisfazer, no final de julho de 2020, totalizavam 12.705. “Este número corresponde a uma redução anual (-6 589 ; -34,2%) e a um aumento mensal (+771 ; +6,5%) das ofertas em ficheiro.”