Começou a contagem decrescente para o evento anual da Apple, no qual a marca liderada por Tim Cook dá a conhecer as mais recentes novidades do mundo da maçã roída. A apresentação arranca a partir do Apple Park, sede da empresa em Cupertino, às 18h de Portugal Continental, e deve revelar ao mundo algumas das novidades tecnológicas mais esperadas do ano. Eis o que esperar do evento 100% digital da Apple, segundo os rumores que têm vindo a ser publicados pela imprensa da especialidade.

Os rumores sugerem que a Apple vai desvendar um novo iPad Air com um design atualizado. A confirmar-se, haverá duas novidades: um ecrã sem margens e um botão lateral com o sensor biométrico Touch ID incorporado — uma tecnologia que, até agora, apenas tinha sido mencionada para a próxima geração do iPhone SE, esperada para o próximo ano e anunciada por um analista da Apple, Ming-Chi Kuo.

Outra novidade que deve vir à tona esta terça-feira é o lançamento de um novo Apple Watch, o Series 6, provavelmente incorporado com novas funções relacionadas com a monitorização da saúde. Além de um aprimoramento na recolha de eletrocardiogramas (até agora, os Apple Watch tinham dificuldades em interpretar ritmos cardíacos acima de 120 batimentos por minuto), espera-se que o Series 6 consiga também detetar os níveis de oxigénio no sangue. Mas o Force Touch, que permitia ao utilizador aceder a uma espécie de sala de comando quando o ecrã era pressionado durante algum tempo, deve ser eliminado nesta nova versão.

Ainda dentro do universo dos smartwatches, julga-se que a marca vai substituir o Apple Watch Series 3 por um relógio low-cost. O novo produto deverá ter sido fabricado com um processador mais moderno, provavelmente aquele que está incorporado no Series 4 ou no Series 5, e ter uma configuração semelhante a estes mesmos relógio. É um possível adeus a um relógio inteligente que, até agora, tem estado à venda em Portugal por 239 euros ou mais.

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Outra possibilidade para o evento de terça-feira é a apresentação de uma nova Apple TV, com uma atualização no design e uma incorporação de funcionalidades. Uma delas será a aplicação “Find My”, que permitirá localizar o comando Siri quando desaparece entre as almofadas ou alguém o deixou abandonado no corredor. Até mesmo o comando deve sofrer alterações, uma vez que o produto tem sido criticado pelas dificuldades em utilizar o trackpad.

Já que abrimos portas para o mundo dos acessórios Apple, eis mais um que pode ser (mas provavelmente não será) anunciado no evento anual: os AirTags, dispositivos semelhantes aos desenvolvidos pela Tile que se colocam em quaisquer objetos (sim, as chaves, a carteira e as máscaras estão finalmente a salvo) para, através da aplicação “Find My”, poderem ser localizados facilmente. A criação destes dispositivos tem sido teorizada desde o ano passado, por isso pode haver novidades este ano.

Além dos AirTags, há rumores que afirmam que a Apple vai apresentar esta terça-feira a própria linha de headphones que, pelo menos nos Estados Unidos, custará cerca de 349 dólares — o equivalente a pouco menos que 300 euros. Chamar-se-á AirPods Studio, será um projeto independente da Beats e em nada deve atrapalhar a continuação no desenvolvimento dos AirPods.

O que não deve mesmo ser apresentado num evento anual da Apple é um novo telemóvel. O iPhone 12 deveria chegar em breve, mas a pandemia de Covid-19 atrasou a indústria e terá arrastado os prazos de desenvolvimento e produção do novo telemóvel da família Apple. Ainda assim, o evento de outubro já deve revelar ao público o novo iPhone e, quiçá, uma série de novidades na gama Macintosh.

Para lá do hardware, dentro das novidades relacionadas com software, uma parece certa: o evento deverá trazer mais detalhes sobre os novos sistemas operativos do iPhone, iPod Touch e HomePod (iOS 14), Apple Watch (watchOS 7), iPad (iPadOS 14) e Apple TV (tvOS 14). Alguns destes sistemas operativos já foram disponibilizados a programadores e em formato beta, mas só depois deste evento é que devem ser entregues ao restante público.

Também é possível que a Apple apresente o Apple One, um pacote onde se reúnem todos os serviços pagos da marca da maçã roída. Diz-se que este pacote terá vários níveis: uns menos completos, com menos serviços reunidos e, por isso, mais baratos; outros mais completos e, portanto, mais caros. Apesar de se apostar que esta novidade deve ser formalmente anunciada em setembro, também é possível que fique reservada para o próximo evento da Apple.