Curso de escrita gastronómica

Manna Porto, Rua da Conceição, 60, Porto. De 24 de setembro a 10 de outubro. www.ohomemquecomiatudonoporto.pt. 855€ por pessoa

Para quem gosta de comer e escrever sobre isso: se em equipa que ganha não se deve mexer não há motivo também para alterar um curso que já mostrou sinais de correr bem. Foi em Lisboa, no ano de 2018, que o autor, jornalista e crítico gastronómico Ricardo Dias Felner organizou o seu primeiro curso de escrita e cultura gastronómica. Hoje, depois do sucesso dessa primeira experiência, Felner lança-se de novo nesta aventura mas agora mais a norte, na cidade do Porto. Num total de três semanas de formação (mais de 35 horas) vai poder aprender alguns truques do ofício como saber a melhor forma de criar um blogue de sucesso ou ter um artigo seu publicado, por exemplo. No plano curricular constam ainda ensinamentos de fotografia de comida, entrevistas com reputados chefs portuenses e, claro muitos comes e bebes. Consulte aqui o programa completo e reserve já o seu lugar.

O restaurante Manna Porto será a “redação” improvisada deste guloso curso. D.R.

Open House Lisboa

Várias localizações um pouco por toda a cidade. Sábado e domingo; www.trienaldelisboa.com. Grátis

Para quem gosta de conhecer o outro lado das cidades: já lá vão nove anos desde que a Trienal de Arquitetura organizou o primeiro Open House, evento que na sua origem pretendia mostrar edifícios e projetos arquitetónicos de relevo em Lisboa e no Porto, que em muitos casos não estavam abertos ao público, com guias especializados. Em ano de pandemia este tipo de programa teve de sofrer algumas alterações e é por isso que esta edição sugere que sejamos guiados por várias personalidades como a cineasta Leonor Teles, o músico Tomás Wallenstein, a coreógrafa Lígia Soares, a jornalista Paula Moura Pinheiro, o arquiteto Gonçalo Byrne, o escritor Gonçalo M.Tavares ou o historiador Rui Tavares. Através de um ficheiro áudio que será disponibilizado a todos os inscritos o Open House convida a conhecer a Lisboa destas personalidades, tantos as suas ruas e prédios como as suas histórias e curiosidades. Espreite o site da organização para qualquer dúvida extra e prepare-se para dar corda aos sapatos.

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O projeto Open House é de impacto internacional e realiza-se em 50 cidades por todo o mundo – Lisboa e Porto são duas delas. D.R.

Fonoteca Municipal do Porto

Rua Pinto Bessa, 122, Armazém 12, Porto. Inaugura no sábado, 26 de setembro, das 14h às 19h. www.fonoteca.cm-porto.pt. Grátis

Para quem gosta de recordar pelos ouvidos: vai finalmente inaugurar o principal arquivo de registos musicais da cidade do Porto, um espaço que pretende agrupar grande parte da produção discográfica em Portugal, discos importados e obras de conteúdo não musical como poesia ou discursos políticos. Será também um espaço público onde todos poderão consultar estes mesmos registos. No total trata-se de um espólio com 35 mil discos de vinil composto, na sua maioria, por doações da Rádio Renascença e da Rádio Difusão Portuguesa. Neste dia de abertura a visita ao espaço estará sujeita a uma lotação de 10 pessoas em simultâneo, dadas as restrições da DGS, e contará com DJ set de Renato Cruz Santos e Xico Ferrão, que apresentarão uma seleção de discos do espólio da FMP. Durante o seu funcionamento normal, a utilização do espaço será apenas possível mediante marcação prévia.

O espólio da Fonoteca Municipal do Porto é um autêntico tesouro para os melómanos da Invicta (e não só). Filipa Brito

Dom Roger

Avenida da República, 47E F, Lisboa. Das 12h às 24h, nunca fecha. 933 211 879.

Para quem gosta de um bom prato tradicional com assinatura de chef: o nome é inusitado, é verdade, mas isso não o deve demover de passar por este novo espaço de restauração que mora na movimentada Avenida da República, em Lisboa. A poucos passos do Saldanha encontra esta novidade que tem como sócio o célebre chef Vítor Sobral, nome maior da gastronomia portuguesa (outro dos sócios chama-se Rogério, daí o nome suis generis da casa). Aqui não há como escolher mal: a carta é composta por clássicos como as iscas de porco de coentrada (4,80€), o choco frito com limão e coentros (9,50€), a salada de polvo com batata doce e hortelã (10,80€) e um conjunto completo de pratos do dia (um de carne e outro de peixe) onde encontra ainda mais coisas boas. Entre elas tem o arroz de galo à antiga (às segundas, 9,50€); os jaquinzinhos fritos com açorda de tomate e coentros (às quartas, 10,50€); o ensopado de borrego à Alentejana (todos os sábados, 13,95€) ou as pataniscas de bacalhau com arroz de tomate (à sexta, 10,50€). Passe por cá e escolha entre ficar na espaçosa esplanada ou na aconchegante zona interior.

Este prato de língua de vaca é um dos vários petiscos que vai poder provar no Dom Roger. Diogo Lopes/Observador

Dino Parque da Lourinhã

Rua Vale dos Dinossauros, 25, Lourinhã. Aberto todos os dias, das 10h às 17h30. 261 243 160. Bilhetes a 11,05€ (adultos) e 8,42€ (criança)

Para os aventureiros que sempre quiseram ir ao Parque Jurássico: é a proposta perfeita para quem tem saudades de museus mas ainda não se sente muito confortável a vaguear por espaços fechados.O Dino Parque da Lourinhã  já soma dois anos de vida com o os seus 180 modelos à escala natural de algumas das mais importantes espécies de dinossauros, um total de 400 milhões de anos, través de quatro períodos — Paleozoico, Triásico, Jurássico, Cretáceo. Mas o espólio não fica por aqui: existe ainda o núcleo museológico que tem uma coleção de achados e fósseis que são fruto de mais de 30 anos de investigação paleontológica na zona. Este ano, o Dino Parque inaugurou a Torre de Observação Jurássica, com cerca de 6 metros de altura, que convida os visitantes a contemplar uma vista sobre os principais e mais emblemáticos modelos de dinossauro. Tem ainda em vigor a exposição “BIG 5”, uma mostra temporária dedicada às maiores espécies terópodes da Europa. Entusiasmado? Vista o melhor chapéu de explorador, não se esqueça da máscara e siga rumo à pré-história.

É esta a nova torre de observação do Dino Parque da Lourinhã. D.R.

“Meninos das Lágrimas”

Ó Galeria, Rua de Miguel Bombarda, 61, Porto. Sábado, 26 de setembro, a partir das 16h30. 930 558 047. Grátis

Para quem gosta de ilustração melancólica/fofinha: O seu nome não deixa grande margem para dúvidas: a ilustradora Mariana, a Miserável dedica grande parte do seu trabalho a bonecos mais tristonhos e já os anda a mostrar aos portugueses (e não só) há duas mãos cheias de anos. Dez anos de carreira já são motivo de celebração e é por isso mesmo que surgiu o “Meninos das Lágrimas “, o novo livro de ilustração que vai apresentar este sábado, no seu Porto natal. São dez anos a desenhar a tristeza que, como dizem os organizadores do evento,  “pretende dar espaço de atenção à tristeza, à vulnerabilidade, ao que faz de nós mais humanos e menos máquinas.” Na prática é um livro pensado e ilustrado por Mariana e editado pela Número. Dada a situação de pandemia, o número de pessoas dentro da galeria estará limitado a 10 pessoas de cada vez.

Os trabalhos da ilustradora portuense debruçam-se sobre as várias formas de tristeza. D.R.

BAHR

Bairro Alto Hotel, Praça Luís de Camões, 2, Lisboa. Das 12h30 às 15h30 e das 19h30 às 23h30 (domingo das 12h às 16h e das 19h30 às 11h30). 30€ (Preço médio por pessoa).

Para quem já tinha saudades de comer com uma das melhores vistas de Lisboa: é daqueles problemas provocados pela pandemia que, infelizmente,  já se tornaram habituais. A chegada do vírus veio congelar o panorama da restauração e hotelaria (e muito, muito mais) e, como tal, centenas de restaurantes recém-abertos viram-se forçados a parar quase antes de terem começado. O BAHR, do lisboeta Bairro Alto Hotel, foi um exemplo disso. Agora tudo mudou e o projeto com mão dos chefs Nuno Mendes e Bruno André Rocha voltou ao ativo e em grande força. O menu que apresentam é em muito semelhante ao que estava em vigor antes do encerramento mas ideia é aos poucos ir introduzindo algumas novidades. Até lá conte com as viciantes tosta de percebes, o porco alentejano fumado com corações de alface, lombo de vaca maturado com alhada de batata e acelgas ou o tomate e morangos em cura com creme de chantilly.

O restaurante BAHR, do lisboeta Bairro Alto Hotel, está de volta. Diogo Lopes/Observador

Fábrica Moderna na Casa do Capitão

Hub Criativo do Beato; Rua do Grilo, 119, Lisboa.  De 24 a 27 de setembro e de 1 a 4 de outubro. Entrada livre, workshops e aulas com preços entre os 15 e os 40 euros.

Para quem gosta de meter as mãos na massa e aprender com os melhores: a Casa do Capitão é uma das grandes novidades desta altura pandémica: trata-se de um enorme espaço ao ar livro, aproveitado no Hub Creativo do Beato, que pretende ser um pouco de tudo, de restaurante a sala de espetáculos, de espaço de workshops a galeria de exposições. A partir deste fim de semana tudo isto vai ser “invadido”, no melhor sentido possível, pela também conhecida Fábrica Moderna, projeto que pretende introduzir qualquer um no mundo dos trabalhos manuais. Isto quer dizer que no longo programa que vão desenvolver por estes lados (consulte-o todo aqui, é extenso e convém informar-se ao pormenor) vai ter oportunidade de aprender a fazer coisas tão dispares como bordar à mão, costurar, desenhar à visa com modelos ou fazer gravuras em linóleo. A par de tudo isto há ainda uma pop-upstore com criações desta Fábrica Moderna que vai poder levar consigo para casa.

A Casa do Capitão vai ser invadida pela Fábrica Moderna. Ana Viotti

“Nunca mais é sábado” é uma rubrica que reúne as melhores sugestões para aproveitar o fim de semana.