Até setembro, foram despedidos perto de 5.400 trabalhadores em processos de despedimento coletivo. Segundo os dados da Direção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho (DGERT), consultados pelo Jornal de Notícias, desde o último ano da troika em Portugal (2014) que não se registava um número tão alto no país.

Os meses de maio a junho foram os piores, com 2.196 funcionários dispensados. No primeiro trimestre, foram despedidos 1.107 trabalhadores e no terceiro 2.079, refere o Jornal de Notícias na edição desta terça-feira.

Apesar de alguns destes casos dizerem ainda respeito a processos iniciados no ano passado, os números mostram o efeito da pandemia do novo coronavírus no mercado de trabalho: com o desconfinamento, muitas empresas optaram por não prolongar o apoio público e por fazer antes uma reestruturação interna, que muitas vezes passou pela dispensa de alguns trabalhadores.

A maioria dos trabalhadores estava empregada em pequenas ou médias empresas, sobretudo na região de Lisboa e Vale do Tejo, que registou 57% dos despedimentos coletivos dos últimos nove meses. O Norte a surge em segundo lugar no número de portugueses que perderam os seus empregos em despedimentos coletivos nos primeiros nove meses de 2020, com 30% do total, segundo os números recolhidos pelo Jornal de Notícias.

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