Em período de crise pandémica, há centenas de enfermeiros em situação precária por estarem há anos ao serviço dos hospitais públicos e sem qualquer perspetiva de vinculação. Estes estão agora a ser ultrapassados por profissionais com menos tempo de serviço, mas que ao abrigo dos contratos Covid-19 são integrados nos quadros dos hospitais, escreve o Jornal de Notícias esta terça-feira.

Os enfermeiros precários falam em injustiça e instabilidade laboral e o certo é que, na sua maioria, estes profissionais foram contratados apenas em regime de substituição e todos enfrentam o despedimento quando o colega que estão a substituir se apresentar ao serviço. Segundo o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, citado pelo JN, há pelo menos 230 profissionais nesta situação na região do Porto e outros 100 no Minho.

“Nos contratos Covid, o Governo determina que os profissionais que, a 31 de dezembro, tiverem oito meses de contrato passarão a tempo indeterminado, caso haja vagas nas instituições. Só 167 colegas é que reúnem essas condições”, denunciou Fátima Monteiro, do SEP Porto, ao JN

Além disto, os enfermeiros alegam ainda uma insuficiência nas contratações que foram anunciadas pelo Ministério da Saúde. Em outubro, o Governo aprovou mais 912 contratações para reforçar o combate à Covid-19, número que cumpria a previsão de contratações para este ano, mas que o SEP garante não ser suficiente.

O Ministério da Saúde não comentou ainda as queixas dos enfermeiros.

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