Portugal e o Brasil vão ser os países prioritários nas ações iniciais da Associação Promotora das Línguas e Culturas Chinesas e Lusófonas, criada na quarta-feira, disse à Lusa o cofundador, Paulino Comandante.

“Portugal e o Brasil vão ser os principais países [ao nível da cooperação], porque são aqueles com os quais temos mais contactos, de momento. Com os restantes países lusófonos, vamos procurar desenvolver contactos”, indicou.

A missão da associação vai focar-se em três objetivos.

Por um lado, “promover contactos e intercâmbios entre indivíduos da China e dos países de língua portuguesa no âmbito de línguas, culturas e costumes, levar adiante as respetivas boas tradições, compreender e aprender uns com os outros, e estreitar os laços de amizade”.

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Por outro, “promover a aprendizagem e o intercâmbio entre os indivíduos interessados e os que desejam adquirir mais conhecimentos nas línguas e culturas chinesas e dos países de língua portuguesa”, bem como “apoiar e defender o papel de Macau como ponte” entre a China e o bloco lusófono.

“Não queremos ser demasiado ambiciosos e fazer grandes promessas sobre as atividades que vamos desenvolver. Este ano queremos dar a conhecer a associação e estabelecer contactos. Não nos vamos sobrepor ao que já existe. Do nosso ponto de vista, o objetivo é acrescentar algo ao que está a ser feito, ou seja, colaborar e não competir”, afirmou Paulino Comandante.

O cofundador da associação adiantou que, “em termos de ensino de língua portuguesa, pretende-se acrescentar a componente da cultura, dos bons costumes e das áreas e que se manifesta, como a gastronomia”, exemplificou.

Macau, após mais de 400 anos sob administração portuguesa, passou a ser uma Região Administrativa Especial da China a 20 de dezembro de 1999, com um elevado grau de autonomia acordado por um período de 50 anos.

Após a transferência da administração do território, Pequim definiu o papel de Macau como plataforma cultural e económica entre a China e os países lusófonos.