A Altice Portugal disse esta quinta-feira à Lusa desconhecer “o teor” do acordo assinado entre a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) para a centralização dos direitos televisivos até 2027/28.

Na quarta-feira, a FPF e a LPFP anunciaram que tinha assinado um memorando de entendimento que visa criar uma sociedade, nos próximos meses, “tendo como único propósito” a “gestão do processo de negociação centralizada dos direitos de transmissão televisiva nas competições profissionais”.

FPF e Liga de clubes firmam acordo para centralizar direitos televisivos até 2027/28

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Contactada pela Lusa, fonte oficial da Altice Portugal afirmou: “O único comentário que podemos fazer neste momento é que desconhecemos o teor do MoU [memorando de entendimento] assinado entre as duas entidades”. A dona da Meo tomou “apenas conhecimento do mesmo, através das notícias veiculadas pela comunicação social”, adiantou a mesma fonte.

“Os nossos contratos estão em vigor”, salientou fonte oficial da Altice Portugal.

Instada a comentar pela Lusa, a Vodafone Portugal escusou-se a fazer comentários. Também a Sport TV não comenta o tema. A Lusa contactou a NOS, mas até ao momento não obteve qualquer resposta.

A Sport TV é detida pela Meo (Altice Portugal), NOS e Vodafone em partes iguais (25%), sendo que os restantes 25% pela Olivedesportos SGPS.

“A FPF e a LPFP consideram que a gestão centralizada dos direitos de transmissão televisiva constitui uma ferramenta nuclear para um desenvolvimento acelerado do futebol profissional em Portugal”, lê-se no comunicado divulgado no ‘site’ oficial da FPF, acrescentando que este trabalho “terá, como não poderia deixar de ser, o permanente envolvimento das sociedades desportivas participantes nas competições”.

Os dois organismos que regem o futebol e as competições profissionais da modalidade “acreditam que, no limite, até 2027/2028, esta transformação estará concluída”.

“Estamos muito satisfeitos por formalizarmos com a LPFP um acordo que visa concluir, até à época 2027/28, a centralização dos direitos televisivos. A sustentabilidade e o desenvolvimento do futebol nacional no seu todo estão intimamente ligados a esta negociação. Parece-nos que este é um sinal da irrevogável vontade da FPF e da LPFP concluírem este processo e trabalharem em conjunto para apresentar melhores soluções para o futebol nacional”, referiu o presidente da FPF, Fernando Gomes.

Também Pedro Proença, presidente da LPFP, deu conta da satisfação com o acordo. “A assinatura deste memorando de entendimento é um passo determinante no caminho de crescimento e sustentabilidade do futebol português e a prova do alinhamento estratégico existente entre a LPFP e a FPF em relação aos modelos de comercialização dos direitos audiovisuais em Portugal”, assinalou.