Parecia uma certeza, tornou-se uma inevitabilidade, ganhou contornos de incerteza, mereceu duras críticas de ex-pilotos, acabou como tinha começado: uma certeza. A Mercedes anunciou na manhã deste domingo a renovação de contrato por mais um ano com Lewis Hamilton que, de acordo com a imprensa britânica, deverá subir para um vencimento de 45,5 milhões de euros, mais 5,5 milhões do que recebia no último acordo feito com a marca. O objetivo, esse, é claro: conquistar o oitavo título Mundial e superar a marca de Michael Schumacher.

“A Mercedes-AMG Petronas F1 Team está muito satisfeita por anunciar que o campeão mundial de construtores e o piloto campeão mundial vão continuar juntos em 2021. O grupo de trabalho da Mercedes e o Lewis [Hamilton] chegaram a acordo que permite que uma das colaborações com mais sucesso de sempre no desporto continue pela nona temporada consecutiva. Uma parte significativa deste novo acordo está baseado no compromisso conjunto por uma maior diversidade e inclusão no automobilismo feito no ano passado pelo Lewis e pela Mercedes. Isso será assumido através de uma fundação conjunta de caridade, que terá como missão apoiar uma maior diversidade e inclusão em todas as suas formas no automobilismo”, anunciou a equipa em comunicado.

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“O Lewis fez a sua estreia na Fórmula 1 com motores da Mercedes na equipa McLaren em 2007 e tem sido alimentado em todos os seus 266 Grandes Prémios por motores da Mercedes. Ele juntou-se à equipa de trabalho da Mercedes em 2013 e desde aí ganhou 74 corridas bem com seis títulos de campeão mundial com a Mercedes-AMG Petronas F1 Team. Em 2020, ele bateu o recorde de vitórias de Michael Schumacher e tem nesta altura o recorde de mais vitórias em corridas na Fórmula 1″, acrescentou a mesma missiva.

Antes, no final da última semana, questionado pela Sky Alemanha sobre as alegadas exigências que estaria a fazer para prolongar o vínculo com a Mercedes, Ralf Schumacher, antigo piloto e irmão de Michael Schumacher, tinha sido a voz mais crítica em relação ao impasse. “Uma coisa é óbvia: a Fórmula 1 é mais forte e maior do que qualquer indivíduo. Estamos no mês de fevereiro e o piloto mais importante, sete vezes campeão do mundo, ainda não renovou. Acho vergonhoso, tenho de dizer isto honestamente. O Lewis não deve esquecer o risco que está a correr, ainda há a possibilidade de a Mercedes colocar o George Russell naquele carro. Sempre se disse que era uma questão de dinheiro mas espero que não seja”, comentou o germânico sobre o tabu agora desfeito.

“Estou muito entusiasmado por ir fazer a minha nona temporada com os meus companheiros da Mercedes. A nossa equipa tem conseguido incríveis feitos em conjunto e estou ansioso por poder prolongar o nosso sucesso ainda mais sempre à procura de poder melhorar dentro e fora de pista. Estou também determinado em continuar a jornada que começámos para colocar o automobilismo como algo com maior diversidade para as gerações futuras e estou agradecido à Mercedes por ter sido extremamente solidária com a minha chamada para este assunto. Estou orgulhoso por dizer que vamos levar mais à frente esse esforço este ano, com o lançamento de uma fundação dedicada à diversidade e à inclusão no desporto. Estou inspirado por tudo aquilo que podemos construir juntos e ansioso por voltar às pistas em março”, comentou o piloto britânico após a renovação de contrato.